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JUSTIÇA AO SPORTING
Mas, nessa mesma noite, começou a ser construída uma tese que deveria haver uma acusação pelo crime de terrorismo, com o intuito de atacar e ferir o Sporting de morte.
Imagem de destaque30 Mai 2020, 09:00

Finalmente foi lida a sentença do processo do ataque à Academia de Alcochete e não há nenhum dirigente ou ex-dirigente, nem nenhum funcionário ou ex-funcionário do Sporting condenado. Foram todos absolvidos.

O tribunal condenou os agressores dos jogadores e treinadores do Sporting dos crimes de ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada e entrada em lugar vedado ao público. De fora ficaram os crimes de dano com violência, sequestro e a agravação por terrorismo.

Este foi um primeiro passo da justiça, naquilo que terá de ser a reposição dos graves danos causados ao Sporting. Aqueles que correram em direção à Academia para bater nos jogadores e treinadores do Sporting estão agora condenados e espero que jamais ousem chegar perto de Alvalade ou Alcochete, ou sequer pronunciar o grandioso nome do nosso querido clube, pois os danos que causaram são enormes.

Que nunca mais os adeptos de claques repitam em Portugal episódios tristes como os da invasão a Alcochete em 2018, o do ataque ao Seixal em 2015 ou a carga no Olival em 2006. Uns mais graves do que outros, mas todos eles envergonham, e muito, o futebol português. Mesmo aqueles clubes aos quais é permitido dizer que não têm claques – estando elas organizadas e bem visíveis em todos os seus jogos – devem corar de vergonha.

Assim como, a todos, deve envergonhar o ataque cerrado feito à instituição Sporting, após esse fatídico dia 15 de maio de 2018.

Mas nessa mesma noite, começou a ser construída uma tese que deveria haver uma acusação pelo crime de terrorismo, com o intuito de atacar e ferir o Sporting de morte. Essa tese, entre outras coisas, alegadamente, daria forte suporte legal para que os jogadores profissionais pudessem rescindir com justa causa.

Fiquei atónito quando ouvi o ex-Ministro da Administração Interna, e assumido adepto de um clube rival, construir esta tese de forma ardilosa, mesmo antes do Ministério Público se pronunciar publicamente sobre a invasão.

Os canais anti Sporting rapidamente trataram de difundir massivamente esta mentira, para que, repetida muitas vezes, passasse a ser verdade.

“Não se pode de maneira nenhuma excluir a hipótese de haver aqui um crime de terrorismo”, disse o antigo governante, remetendo para uma Lei de combate ao terrorismo, aprovada em 2003. Será que para o Dr. Rui Pereira, o ataque ao Seixal em 2015 ou colocar, no Olival, um very-light debaixo do carro de um treinador, também são atos de terrorismo ao abrigo da referida Lei?

Agora que a justiça já se pronunciou, e a tese de terrorismo não vingou, o Dr. Rui Pereira pode vir a terreiro dizer o que pensa sobre estes outros ataques … e apresentar um pedido de desculpas público ao Sporting Clube de Portugal.

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