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VANTAGENS DIRETAS
Uma hipótese possível é o Sporting ser o clube com mais adeptos e, assim, comunicação social e políticos tinham de saciar a avidez de informação dos Sportinguistas, 24 horas por dia.
08 Jun 2020, 09:00

Completa que está a 25ª jornada da Liga NOS, o nosso Sporting continua em quarto lugar, distando agora 3 pontos do Braga (1),com desvantagem no confronto direto, dado o 2-1 de Alvalade versus o 1-0 na cidade dos Arcebispos. Relembra-se os mais distraídos que não nos encontramos em nenhuma pré-época, mas sim a nove jornadas do término do campeonato.As contas, para apuramento europeu, do Sporting estão por isso longe de estarem fechadas, visto termos o Famalicão a 3 pontos, onde temos desvantagem no confronto direto, tal como com o Rio Ave, que se encontra a 5 pontos. É portanto tendo presente esta situação que analiso o jogo em Guimarães. Se, de alguma forma, foi interessante observar alguma ideia de jogo, coisa rara esta época, o resultado final deixou bastante a desejar. Sublinhe-se que, pelo menos, ficámos com vantagem direta sobre o Vitória Sport Clube e 5 pontos de diferença. Tendo tido vantagem, por duas vezes no jogo, o Sporting não a soube segurar, bem como não conseguiu aproveitar quase 20 minutos de superioridade numérica. Como desporto de concretização que o é, o que conta no futebol são os golos marcados, não a “nota artística”, muito menos o número de passes em zonas perigosas. Revelador foi o contraste entre o “mood” confiante, quiçá exuberante, de Ruben Amorim no pré-jogo e a postura mais contida e refreada no pós-jogo com o espectro da fuga, na classificação, do Braga que, afortunadamente, não se concretizou. Espera-se pois uma abordagem mais pragmática nos próximos jogos, com o objetivo primário de somar pontos, para que não se falhe a qualificação europeia sendo que, ademais, ainda temos visitas ao Dragão e à Luz nos 27 pontos em disputa.

Encontrando-se 17 pontos à frente, azuis e encarnados surpreenderam com os resultados obtidos. Resultados esses que levaram a um ato condenável de apedrejamento do autocarro dos encarnados, ferindo 2 jogadores profissionais. Espantosamente, nem um décimo do alvoroço na comunicação social, nem na classe politica, nomeadamente Presidente da República, Primeiro-Ministro, Presidente da Assembleia da República e sobretudo o Secretário de Estado do Desporto, comparado com o que, malogradamente, sucedeu no Sporting, a 15 de Maio de 2018. Uma hipótese possível é o Sporting ser o clube com mais adeptos e, assim, comunicação social e políticos tinham de saciar a avidez de informação dos Sportinguistas, 24 horas por dia. Ou então, também aqui, existe uma vantagem direta dos rivais, com conivência da comunicação social e classe política, que tudo fez, nesta ocasião para minorar, disfarçar e generalizar estes graves acontecimentos. Se sim, o que motiva este servilismo? Como explicar tanta subserviência? Será a tribuna da Luz um “triângulo das Bermudas” onde quem lá entra, sobretudo responsáveis do Estado Português, fica com a sua consciência e voz perdida, quando tão rapidamente a têm para com o Sporting? É de facto um fenómeno curioso para o qual não tenho nome ou, utilizando um anglicismo, um fenómeno no name

Nota final para a guerra de poder, sobre a qual já referi na semana passada, pela liderança da Liga de Clubes. As notícias veiculadas na edição do Público de domingo (2), fragilizam as hipóteses de Luis Duque, dado exporem relações de proximidade com o líder dos encarnados, com envolvente tipicamente “pneumática”. Aguardamos pois que o Sporting tenha uma postura séria neste processo, não embarcando em “arranjinhos”, nem servindo de “cordeirinho” para esquemas de terceiros, seguindo o seu próprio rumo na defesa dos interesses leoninos e, se possível, do negócio do futebol português. Também aqui temos de acabar com uma desvantagem direta.

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