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STOP THE COUNT
… que estamos a ficar sem dedos das mãos para contar. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 processos de investigação e a contagem promete ter mais quatro anos de oportunidades para continuar a somar.
14 Nov 2020, 10:00

… que estamos a ficar sem dedos das mãos para contar. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 processos de investigação e a contagem promete ter mais quatro anos de oportunidades para continuar a somar.

Esta contagem em concreto quer dizer: Porta 18, Vouchers, E-mails, Operação LEX, E-Toupeira, Saco Azul (ou vermelho neste caso), Mala Ciau, Fora de Jogo, Transferências Líbios… e logo veremos se vai ficar por aqui.

A contagem até pode parar. Até poderá não haver mais buscas no futuro, mas as notícias que vão saindo parecem corroborar factos “estranhos” que todos nós nos fomos apercebendo ao longo dos anos, que demonstravam parecerem mais que umas coincidências, e que talvez revelassem padrões de comportamento.

Ora esses padrões de comportamento, crime ou não, a Justiça o dirá, prejudicaram algumas vezes o Sporting CP diretamente, outras indiretamente. Ainda que desportivamente estes comportamentos não venham a ter reparação, isto a fazer fé no que alguns “experts” rapidamente vieram logo a terreiro advogar que “os títulos ninguém os tirava”, teremos sempre a via judicial para sermos ressarcidos com indemnização por danos patrimoniais e extrapatrimoniais.

São milhões e milhões de euros de perdas incalculáveis, que mais cedo ou mais tarde teremos que contabilizar e depois agir sem contemplações. Isto se se vier a provar que o Sporting CP foi impedido por meios ilícitos de ser campeão ou impedido de ir à Liga dos Campeões, então aí será preciso fazer a avaliação das receitas que não nos foram possibilitadas obter, da venda de jogadores que aconteceram abaixo do valor que aconteceria caso fossem jogadores titulados campeões, a subida das vendas de merchandising que obrigatoriamente aconteceriam, o aumento das vendas de camarotes e Gamebox que ocorreriam, e por aí fora num círculo virtuoso.

Também há os danos infligidos à nossa “marca”, marca à qual tentam colar valores de clube perdedor, pela repetição das cantilenas que não conseguirmos ganhar o campeonato há 18 anos, ou que não chegamos ao Natal, ou outro qualquer soundbyte que tenta sempre retirar valor ao Clube e aos seus atletas, numa tentativa de desmoralizar e conformar todos os Sportinguistas para uma fatalidade, para a qual afinal parecem haver cada vez mais evidências que já estava pré-determinada externamente antes de se ir a jogo.

Mas o pior, para mim, vai muito para além do que escrevo acima. O pior mesmo é que estas alegadas práticas retiraram a possibilidade de tantas e tantos Sportinguistas tenham tido o prazer de celebrar as vitórias em família. Quantos pais/mães e filho(a)s ainda não tiveram essa possibilidade? Eu ainda não festejei com o meu filho a vitória num campeonato. Quantos não terão visto os seus pais partirem ao longo destes 18 anos sem terem tido a hipótese de construir uma última memória conjunta? Quantos netos perderam a oportunidade de tirar “aquela foto” com os seus avôs com o cachecol de campeão? Quantas idas ao Marquês de Pombal, ou à Rotunda da Boavista deixámos de fazer com os nossos amigos?

Não sabemos, nem nunca saberemos, mas sabemos sim que são sensações irrecuperáveis e por isso comportamentos imperdoáveis. DON’T STOP THE COUNT porque queremos saber a verdade.

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