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SILÊNCIOS E HOMENAGENS
No dia 5 de Dezembro, deslocar-nos-emos a Famalicão, devendo estar com o máximo foco e atenção, lembrando que o campeonato português é pródigo em situações caricatas.
30 Nov 2020, 09:00

No passado Sábado, o objetivo foi conseguido ao arrecadar os três pontos frente ao Moreirense. No entanto, não se tratou dum “passeio no parque”. A equipa de Moreira de Cónegos veio bem montada, defendendo atrás e com contra-ataques perigosos, tendo chegado, inclusivé, primeiro à vantagem. Valeu ao Sporting ter conseguido empatar pouco tempo depois, virando apenas o jogo aos 75 minutos, num lance onde o guarda-redes adversário fica muito mal na fotografia. Os golos falhados e alguma lentidão de processos, também provocados pelo adversário, vieram lembrar que o caminho é longo e cheio de curvas sinuosas, durante a Liga NOS. Serviu, pois, como antídoto ao inebriamento do resultado frente ao Sacavenense, equipa do Campeonato de Portugal, que alguns, ridiculamente, compararam ao derby de 1986, como foi o caso do responsável de comunicação do Sporting (1). No dia 5 de Dezembro deslocar-nos-emos a Famalicão, devendo estar com o máximo foco e atenção, lembrando que o campeonato português é pródigo em situações caricatas. Sobretudo para quem não se prepara, nem antecipa que a concorrência não anda a dormir.

No derby de futsal, na passada sexta-feira, tivemos como resultado um empate a três bolas, dado Cavinato “salvar a honra” do convento, já no minuto final. Se no futebol se estranha a ausência total de público, um derby destes ainda se torna mais estranho, tirando grande vantagem às equipas caseiras. Assim, contrastando com o silêncio do Pavilhão João Rocha, é duma grande ironia que, neste fim-de-semana, o Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, palco de finais memoráveis de futsal, tenha estado repleto de congressistas dum partido político (2). O silêncio do Sporting, clube eclético, com responsabilidades, com projeção nacional e mediática, não usando a sua voz em defesa duma solução equilibrada entre saúde e público e a bem dos clubes e do desporto em Portugal, continua a ser um mistério. Os danos ao desporto português, com o potencial fecho massivo de pequenos clubes, com impacto em várias modalidades, escalões e localidades ecoará por vários anos e enfraquecerá o desporto português, como um todo.

A semana que passou ficou indelevelmente marcada pelo falecimento de Maradona. Um ícone mundial, sobretudo para as gerações que viram o Mundial de 86, numa época onde o futebol era algo bem mais “romântico” do que atualmente. Afinal, já passaram 34 anos. Curioso foi observar que afinal muita gente, políticos, celebridades, etc, insuspeita de ser fã de El Pibe, não se moderou em posts, considerações e statements sobre (e com) o argentino, que tanto teve faceta de herói, como de vilão. Talvez a razão de tanta emoção publicada derive do contexto pandémico, servindo, quiçá, como válvula de escape. A partida inesperada de Vitor Oliveira, trouxe também comoção em Portugal. Um treinador extremamente competente, com excelente relação resultados/matéria prima, que se especializou na subida de divisão. Estranha-se é porque é que as portas dos maiores clubes nunca se abriram a alguém que, ano após ano, demonstrava competência e, sobretudo, era orientado a resultados, matriz dos clubes vencedores. Talvez o próprio Vítor Oliveira tenha dado a resposta numa reportagem ao Canal 11, onde dizia que atualmente no futebol se dá mais importância ao parecer do que ser. Se não é, realmente parece!…

  1. http://leonino.pt/miguel-braga-7-1-ao-sacavenense-lembra-tarde-de-1986/
  2. https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/nova-direcao-do-pcp-aplaudida-por-10-minutos-no-congresso?ref=ciencia-&-saude_ultimas
  3. https://www.record.pt/futebol/detalhe/morreu-o-treinador-vitor-oliveira?ref=HP_DestaquesPrincipais
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