Na passada sexta-feira, 5 de março, os leões receberam e venceram o Santa Clara, por 2-1 (VEJA AQUI OS GOLOS). No rescaldo do triunfo, Rúben Amorim considerou este encontro como um dos menos conseguidos da temporada, desvalorizando os feitos alcançados quando comparado com equipas ‘foras de série’.
Um adversário à altura
“Foi um jogo muito complicado. O Santa Clara esteve muito bem, com mudanças de posições, a prender-nos os cinco defesas. Nós com alguma dificuldade na pressão na segunda parte. Perdermos muitas bolas sem pressão do adversário, fomos muito precipitados. Muitas vezes tínhamos os três centrais com espaço e colocávamos a bola na frente”, começou por dizer, prosseguindo.
“O principal foi a passividade da equipa e a falta de energia, que é muito importante na nossa equipa. Nos últimos minutos, mesmo no banco, toda a gente teve um ‘clique’ quando percebeu que podíamos perder pontos. Acelerámos e acabámos por fazer o golo”, referiu, continuando.
“Sabemos que temos de ser uma equipa sempre muito intensa e forte em todos os momentos do jogo. Cada vez que apanhamos um adversário, o adversário está no limite, quer ganhar e quer ser a primeira equipa a vencer o Sporting. Faz parte de ser um Clube grande. Temos de estar sempre no máximo em todos os aspetos. Hoje não conseguimos. (…) No fim, melhorámos”, frisou.
O pior Sporting da época
Questionado sobre se foi a pior exibição da época, Amorim concordou: “Foi a exibição com menos intensidade, menos energia. E nesta equipa nota-se muito. Foi, talvez, a nossa pior exibição da temporada, porque mesmo com o LASK, que perdemos 1-4 em casa e foi tão criticado, existiu energia e intensidade”, considerou, continuando.
“Desta vez, existiu muito querer dos jogadores. Há dias assim, eu também já passei por muitos jogos destes. Além disso defrontamos boas equipas que são muito bem treinadas. Mas nós temos o segundo melhor ataque, a melhor defesa, estamos invictos… alguma coisa estamos a fazer bem”.
Um leão fora de série
Rúben Amorim, quando questionado sobre se a sua equipa era fora de série, uma vez que ainda não havia perdido, comparou com outras equipas do Sporting, referindo que a qualidade de alguns atletas era muito superior.
“Não acho que esta seja uma equipa fora de série, acho que temos sido muito competentes. Lembro-me de o Sporting ter equipas bem mais fortes. Uma das que me recorde é a dos 3-6, em que eu não estava do lado certo (risos), mas tinha Balakov, Figo, Paulo Sousa. Era muito mais forte. Esta que ultrapassámos tinha uma frente de ataque com Manuel Fernandes, Jordão e António Oliveira”, referiu, prosseguindo.
“Gosto muito dos meus jogadores, não os trocava por nada, mas não temos a qualidade dessas equipas. E eles também não têm um treinador que essas equipas tinham. Vamos crescer todos juntos. Temos é muito mérito e competência nos nossos jogos. Fomos justos vencedores na maioria deles. Sabemos que isto fica na história, mas também pode mudar”, referiu.
O porquê de Matheus Nunes
O técnico leonino passou depois a explicar o porquê de colocar Matheus Nunes na direita, ao invés de João Pereira: “O João tem poucos jogos e eu queria um jogador mais ofensivo e mais rápido naquela posição. (…) O Matheus tem mais tempo de treino e também há que aproveitar o momento do Matheus. Confio no João e quando tiver de jogar, joga. Por isso é que o fomos buscar”, garantiu.
Por fim, o técnico leonino foi confrontado com uma comparação entre Matheus Nunes e o próprio Rúben Amorim nos tempos de jogador, com o jovem treinador a garantir que o médio brasileiro “tem uma capacidade muito maior”. “Não vai ter um treinador que vai sempre mudar a sua posição. Antes do jogo, fiz questão que ele vai fazer uma grande carreira, ser um grande jogador e ganhar muito dinheiro na posição dele, mas quando a equipa precisa, até a guarda-redes tem de jogar”, finalizou.
Confira as declarações de Rúben Amorim na íntegra:
Fotografia de Sporting
