O jogo de ontem era um dos jogos decisivos deste campeonato. Pelo ciclo de resultados negativos e jogando em casa dum bom adversário, finalista da Taça de Portugal, todos os olhos estavam postos na cidade dos Arcebispos. Seria desta feita que o Sporting iria perder a sua invencibilidade, tal como toda a envolvente conspirava? Essa ideia ter-se-á reforçado quando Inácio foi expulso por acumulação de cartões amarelos, deixando a equipa em inferioridade numérica, aos 18 minutos. E de facto, até ao fim da primeira parte, a equipa do Sporting parecia a um passo do abismo, á mercê do seu oponente. O intervalo chegou com o nulo a manter-se. Tive oportunidade de referir na análise live que o Leonino fez, ao intervalo, que a forma como Rúben Amorim conseguisse organizar o seu “xadrez” e, quiçá, com alguma astúcia e sorte, almejando a mais do que o empate vigente, seria um momento definidor do campeonato (1). E assim aconteceu. Ruben Amorim apostou num bloco baixo, deixando o Braga desconfortável a ter de fazer ataque planeado em cima da grande área do Sporting. Mantendo-se o nulo até aos 64 minutos, Ruben jogou então a “carta” da audácia: tirou Pedro Gonçalves e João Mário e fez entrar Tiago Tomás e Matheus Reis, permitindo o avanço de Nuno Mendes, quando já estavam Neto e Matheus Nunes em campo. A equipa preparava-se assim para tentar agarrar a oportunidade caso ela surgisse… e surgiu! Depois de falta ganha por Tiago Tomás, Porro matreiramente lançou Matheus Nunes pela ala que, qual foguete, foi “por ali fora” e rematou para golo. O Braga sentiu o efeito anímico e não se conseguiu recompor. Três pontos conquistados que ecoaram como um enorme rugido do Leão para as 5 jornadas finais do campeonato. Passadas as emoções, Rúben Amorim tem, no entanto, muito para corrigir para que possamos levar de vencida o Nacional, no próximo dia 1 de Maio
Este jogo teve como arbitro Artur Soares Dias em campo e Tiago Martins no VAR. Se na expulsão de Inácio pouco há a referir, existem outros lances que os adeptos mas sobretudo os dirigentes Sportinguistas tem de relevar e tomar medidas. Desde a entrada de sola de Fransergio a Palhinha, aos 16 minutos, onde é apenas mostrado amarelo e o VAR não diz nada. Um lance, na segunda parte, onde Raul Silva carrega Coates, na grande área e, mais uma vez, arbitro e VAR não perdem um segundo a analisar esta situação, quando já vimos penaltys marcados ao Porto, por bem menos. Para terminar, uma chuva de cartões amarelos, no campo e no banco, fazendo com que vários jogadores do Sporting falhem o próximo encontro. Como referi no artigo “Dos “mansos” não reza a história” (2), na semana passada, o Sporting não pode deixar passar em claro isto. Estamos na reta final do campeonato e não podemos ter contemplações com quem nos prejudica. Reforço o afirmado na semana passada: O Sistema, como Dias da Cunha o apelidou, tem ouvidos e mede a força nas reações. Talvez mesmo antes do Moreirense Porto de hoje, se devesse devolver a “gentileza comunicacional” com que Francisco J Marques e seus peões nos têm brindado, ao longo da época, com tudo o que é lances de arbitragens dos jogos do Sporting, numa campanha mediática para tentar implantar na opinião pública que o Sporting é beneficiado. Num tom claro, inequívoco, sem dó nem piedade. Tenhamos pois noção que ainda há muito campeonato e tudo ainda pode acontecer!
Diretor Leonino
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