Na passada sexta-feira, arrancou a Liga BWIN com a receção do campeão nacional, o nosso Sporting, ao recém-promovido Vizela. Finalmente público em Alvalade, embora não tanto quanto se poderia esperar, sendo que tal deve ser motivo de reflexão para quem de direito. Em relação ao jogo propriamente dito, o Sporting teve uma primeira parte com boa dinâmica, não obstante o susto provocado pelo golo, bem anulado, dos vizelenses ainda antes do minuto dez. Com o Sporting atuando como um “rolo compressor”, como se diz na gíria, foi apertando o cerco até conseguir uma grande penalidade, onde, àsemelhança do jogo de Vila do cConde na época transata, Paulinho foi rápido de raciocínio a indicar ao arbitro que o braço do jogador adversário travara a marcha da bola. Jovane assumiu a marcação, mas enviou a bola á barra,esfumando-se assim uma grande oportunidade. E aí entrámos na fase mais perigosa do jogo, onde alguma desconcentração/descrença passou pelos jogadores do Sporting e o Vizela, se quiçá fosse mais experiente nestas andanças, poderia ter encontrado espaço para, venenosamente, aproveitar esta flutuação negativa da equipa leonina.
O intervalo veio em bom tempo para limpar a cabeça e, logo no início da segunda parte, Pedro Gonçalves arrombava a baliza de Charles pela primeira vez, num golo de levantar o estádio. Vantagem alcançada e tranquilidade de espírito também. Assim com naturalidade, Pedro Gonçalves, com mais um grande golo e Paulinho, com uma belíssima exibição, fecharam os números do jogo inaugural. Um resultado motivador para o embate difícil que acontece já no próximo fim de semana, em Braga, frente ao conjunto orientado por Carlos Carvalhal.
Em declarações a canais de televisão distintos, Tiago Fernandes e Luís Vidigal, veicularam a mesma mensagem que se centrava no mote que “quem está contra esta direção está contra o Sporting” (1). Há que entender estas mensagens sincronizadas, mesmo não que haja qualquer contestação de momento, mas por estarmos no prelúdio das eleições, que ocorrerão em Março do próximo ano e, tal como tenho vindo a referir, a “máquina de reeleição”de Frederico Varandas já está a carburar há vários meses. Encaremos, pois, com naturalidade e alguma dose de bonomia este tipo de declarações, um pouco despropositadas e a destempo, que nos serão servidas á medida que as “areias do tempo” fluem em direção a Março…
Como nota, a questão do cartão do adepto levou a que visualizasse uma bancada despida em Alvalade. Para lá de tudo o que já muitos dissertaram, o autor deste texto aposta que, tal como a emergência desta abstrusidade decorreu em paralelo com o zénite do COVID, a morte do dito cujo irá acontecer com a degenerescência do malfadado vírus. Á semelhança do objetivo escondido de algumas regras idiotas referentes ao COVID, em espaços comerciais ao fim de semana, dá muito jeito ao Governo e forças de segurança não terem de se preocupar com claques, cortejos e sua escolta nesta altura pandémica em que as prioridades são outras. Num mundo ocidental, onde os poderes tremem infantilmente perante um qualquer vídeo numa qualquer rede social da vida, não se podem dar ao luxo de que haja imagens de ajuntamentos que podem ser usadas para arremesso político. São os tempos que temos…
Diretor Leonino
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