Já há muito tempo que uma saída de um jogador me custava tanto. Montero doeu-me muito (das duas vezes!), doeu-me Liedson, doeu-me Nani (tal qual como Montero) e doeram também as despedidas de João Pereira e de Mathieu, mas esta foi diferente.
O Max, (sim, eu sei que o nome dele é Luís Maximiano, mas eu vi-o crescer, está bem? E se vi tenho direito de o tratar pelo diminutivo, porque é família Sporting) cresceu aqui. Vi-o passar pelas camadas jovens, ouvi a história dele quando foi ao Sporting160 e a dívida de gratidão que ele tem, para sempre, com o Sporting e é como se um pedacinho da história deste clube fosse com ele para o Granada.
Vou ser 100% honesta, quando o Adán chegou e ganhou a titularidade ao miúdo fiquei doente. Eu que tinha andado a pedir pelas redes sociais desde os tempos do Renan a titularidade do Max, tinha tido a titularidade do Max em 19/20 e de repente chega 20/21, um guarda-redes que ninguém conhecia bem, praticamente sem ritmo e ia tirar a titularidade? Não podia ser!
Sou uma eterna apaixonada pela formação o que só contribuiu para que demorasse mais a perceber que Adán era, e é, o homem certo para a baliza do Sporting. Se era bom para o Sporting, era automaticamente bom para mim, mesmo não sendo a minha escolha, era a escolha de Amorim e isso para mim bastava.
Depois comecei a pensar que o Max poderia ser utilizado na Taça de Portugal, na Taça da Liga, e qualquer coisa que pudesse acontecer com o Adán durante o jogo, o Max estava logo ali, no banco, pronto para entrar!
O tempo começou a passar e percebi aquilo que estava aos olhos de toda a gente: Não há mais Max como primeira opção, o miúdo passou a ter foi um mentor, alguém que puxasse por ele, que o obrigasse a esforçar-se mais, a trabalhar mais e a trabalhar melhor.
Ainda assim, consegui ter o Max no 11 titular do melhor ano de todos os que me lembro, precisamente porque o Adán teve uma acumulação de amarelos, mas consegui! E ele não vacilou!
Eu tinha a consciência que ele poderia ser emprestado, porque um guarda-redes com aquela idade e com aquela qualidade merece ser titular e enquanto houvesse Adán não havia Max.. essa era a minha única certeza!
Os rumores existiam, mas quando a certeza chegou eu estava em directo no Sporting160 e tive de conter a respiração. O puto, o Max, o nosso menino da formação ia sair para o Granada… e eu tinha de saber lidar com isto. O programa terminou e chegou a hora de lidar sozinha com todo este tema.
Apareceu o vídeo de despedida e apareceram as lágrimas, doeu, doeu como eu não esperava que doesse e doeu mais ainda perceber que o post de despedida foi a prova de que este miúdo, este homem melhor dizendo, sente este clube como nós.
Um dia ele vai voltar! Eu tenho a certeza disso, mas até lá: Sê feliz e mostra o que vales, miúdo! Somos muito a torcer por ti! Obrigada por tudo!
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