A semana passada ficou marcada pelo fecho do “mercado de verão”, para transferência de jogadores. Há que dizer, sem rebuço, que se tratou de uma operação globalmente positiva pois saíram 23 jogadores, 10 a título definitivo e 13 a título de empréstimo (1). A devida vénia, pois, a Varandas e à sua equipa por conseguirem encaixar estes excedentários todos, mesmo que muitos deles tenham sido erros de casting da atual direção. A nota de destaque vai para a transferência de Nuno Mendes, envolvendo um montante global superior a 40 milhões de euros e contando ainda com o empréstimo de Sarabia, um internacional espanhol. Note-se que, no leque dos jogadores que estavam em cima da mesa como hipóteses para sair, como Palhinha, Matheus Nunes ou Pedro Gonçalves, esta foi provavelmente a que menos impacto desportivo tem na equipa. E porquê? Porque o Sporting já conta um excelente ala, como é Vinagre, menos exuberante nalgumas ações que Nuno Mendes, mas quiçá mais regular, durante os 90 minutos. Assim, abre-se também espaço para que Nuno Santos possa ir alternando como ala esquerda e medio, promovendo uma maior participação e estado de prontidão no plantel. O que eventualmente terá faltado foi uma terceira opção para ponta de lança, visto que esta época será bem mais exigente que a anterior.
A nível de futebol, no campo tivemos também o Portugal-Irlanda, onde Ronaldo salvou, mais uma vez, Fernando Santos da “ira popular”. No entanto, o selecionador teima em não se deixar ajudar a ele próprio, ao deixar Ronaldo sozinho no meio das defesas contrárias, como plano inicial de jogo. Ronaldo rende mais quando tem companhia na frente, como quando tinha Benzema no Real Madrid, pelo que quando André Silva está em campo, Ronaldo começa a ter as oportunidades para finalizar, como exímio marcador que é. Apesar de tudo, vitória conquistada e recorde mundial quebrado por aquele que continua como grande cartão de visita do potencial de formação da Academia Sporting.
Realce ainda para o preço dos bilhetes para o jogo com o Porto e Ajax nos próximos dias 11 e 15, respetivamente, em Alvalade (2). Bem sabemos que a pandemia trouxe muitas limitações em termos de receitas de bilhética aos clubes, mas bilhetes, que variam de 20 a 50 euros, sem qualquer desconto para Sócios criança, jovem ou sénior, no espaço de quatro dias, parece conter uma determinada insensibilidade para com os Sócios e atual situação em Portugal, tendo motivado óbvias criticas e observações de vários Sportinguistas, por essa internet fora (3). Como sempre disse, há que ter bom senso, não deixando de defender os superiores interesses do Sporting.
NOTA: Dado integrar uma candidatura autárquica em Lisboa, suspenderei a publicação dos meus artigos até ao dia 27 de setembro. A lei não é totalmente clara quanto a sua aplicabilidade ao próprio Diretor de uma publicação, mas, por uma questão de ética e de respeito pelo próprio Leonino, entendo que essa é a postura correta a adotar. Porque ser Sportinguista não pode ser só apregoar valores e princípios…. Há que praticá-los com o nosso exemplo!
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