Esqueça-se o Florentino e a Fermina do Gabriel García Márquez e foquemo-nos no sentido mais literal que o título proporciona, no que aos comportamentos diz respeito. Numa fase demasiado negra para o universo leonino, dão-se alvíssaras a histórias que exaltem o que de melhor o Sportinguismo tem para mostrar ao Mundo. E o Mundo sabe que não há falta de títulos (no futebol) que crie problemas epidérmicos à segunda pele que cada leão veste por gosto e orgulho.

O entusiasmo do pequeno Rafael Silva, cujas imagens tornaram-se virais nas redes sociais no fim-de-semana passado – e se prolongou por toda esta semana –, no derby de basquetebol, fazem despertar o sentimento mais puro que existe no desporto. A forma vibrante e sentida com que o menino de sete anos festejou no Pavilhão João Rocha (PJR) contagiou a família verde e branca numa espécie de intervalo balsâmico no meio de um filme de terror.

Não raras vezes são os mais novos que dão o exemplo aos mais velhos, quanto mais não seja por relembrar os mais esquecidos que, acima de tudo, está o amor ao Sporting. Bem o Clube, através das suas plataformas de comunicação, a dar o devido destaque ao Rafael e à sua posterior visita ao balneário da equipa de Luís Magalhães, no que deve ter constituído um verdadeiro sonho tornado realidade para o jovem leão.

Um extraordinário exemplo, também, que vem comprovar – como se fosse preciso… – a superior eficácia de se comunicar através das mensagens positivas e de exaltação de um amor declarado que não escolhe idades. À habitual pergunta “que sabem os mais novos de amor?”, a resposta vem destes episódios tornados públicos, pelo que simbolizam em tempos de crítica fácil e de dedos apontados à origem de todos os males, em que a mais ínfima faísca espoleta a maior das fúrias coléricas.

Oxalá o Rafael tenha inspirado outras crianças – e muitos adultos, até – para uma mudança de comportamentos adequados aos valores que o desporto encerra e que o Sporting faz gala de que sejam os seus.

A grandeza do leão rampante não se esgota no palco principal de Alvalade. Aprendi, desde cedo, com o mestre Vítor Cândido, que continua a encantar com a sua inesgotável fonte de histórias do nosso Clube na Sporting TV, que não somos adeptos ou sócios do Sporting Futebol Clube. As referências e as figuras (esqueçam lá essa conversa dos zero ídolos) ultrapassam os relvados e saltam para as pistas de tartan, para os rinques e os ringues, para os tapetes, para as quadras ou para as estradas nacionais – infelizmente, perdemos o ciclismo, mas ainda temos o Rafael Cardeira no automobilismo.

Mais. Basquetebol, andebol, futsal e hóquei em patins ocupam as lideranças nos respectivos campeonatos e este é um cenário que a todos deve não apenas tocar como puxar para o apoio, sempre fundamental. Hoje, em casa, há a recepção à formação de andebol do FC Gaia (18h), mas os Sportinguistas do Norte terão o voleibol, em Guimarães (15h); o futsal feminino em Viana do Castelo (18h) e o masculino no Fundão (16h45); o hóquei em patins feminino em São João da Madeira (17h30) e o masculino em Lodi, Itália (20h). Amanhã é a vez do PJR acolher o basquetebol do Esgueira (15h); o Multidesportivo recebe os romenos do CSS Szak em ténis de mesa; e ao final do dia, o voleibol feminino defronta o Porto Vólei (18h). Destaque para este encontro, uma vez que se aproxima o final da fase regular – faltam três jornadas –, com as leoas na 5.ª posição, com os mesmos pontos (39) que o 4.º classificado. Só os quatro primeiros garantem apuramento para a discussão do título. Há dúvidas? Só nós sabemos por que não ficamos em casa.