Notícia que vi, sem grande aparato, num meio de comunicação social a dizer que o Presidente do Sporting Clube de Portugal se tinha disponibilizado pessoalmente e também disponibilizado a equipa médica do Sporting para o que fosse necessário, bem como disponibilizado o Pavilhão João Rocha e o nosso Estádio para servir de hospital de campanha.
Numa altura extraordinária, e em tempos particularmente difíceis, todas as atitudes que, enquanto indivíduos, possamos ter para de alguma forma poder ajudar nesta guerra que é de todos, é, de facto, de salientar e aplaudir.
Vivemos uma época difícil. E, por isso mesmo, muito mais do que ver o Sporting perder um jogo, muito mais do que ver o Presidente do nosso Clube falhar em 90% das contratações que fez, muito mais do que ver tamanhos disparates e inabilidade evidente deste Presidente a comandar os destinos do Clube, nunca julguei ser possível ver alguém, que supostamente se rege pelos mesmos valores clubísticos que eu, e independentemente da posição que ocupa, tirar proveitos e dividendos de uma situação catastrófica mundial, como aquilo que o Presidente do Sporting Clube de Portugal fez.
A propaganda miserabilista, a campanha que foi feita em todos os jornais sobre uma suposta voluntariedade para vestir a farda e ir para frente de combate, foi, de facto, miserável! Quando queremos fazer o bem, ajudar o próximo, fazer a diferença nem que seja apenas em uma vida, não necessitamos de publicitar.
Esta publicitação, esta propaganda desmedida, fez-me ter repulsa por esta personagem que, para mim, se tornou medonha e me causou vergonha alheia.
Custa-me, enquanto Sócio, ver um Presidente do meu Clube ser “chamado” de mentiroso pelo Ministério da Defesa e pelo Estado Português, que vieram dizer que ele tinha sido obrigado a apresentar-se como militar, e não o fez por vontade própria como ele havia “vendido” a todos os jornais e que disso fizeram uma “notícia”, como se do Salvador de Portugal se tratasse.
Tudo soa a falso na boca do dr. Varandas, inclusive quando diz que tem uma missão que é ajudar a salvar vidas. Tudo é planeado e programado, nada é autêntico ou genuíno.
Espero, sinceramente, que ele seja melhor médico do que é Presidente do Sporting Clube de Portugal onde também disse que tinha a missão de nos salvar.
Pior do que ser um mau Presidente é ser alguém que usa um quase apocalipse, que está a tirar a vida a milhares de pessoas em todo o mundo, para algo que, a nível público, o pode beneficiar ou promover. Em síntese, nem existem palavras para descrever a conduta desta personagem.
P.S. Quero apenas deixar uma pequena nota sobre a entrevista do dr. Zenha, responsável pelas finanças do Clube e da SAD, concedida esta semana ao Record. Para dizer o mínimo, a intervenção deste sujeito foi absolutamente anedótica. Falar da formação como “joia da coroa”, num contexto em que ela está completamente destruída; dizer que “é injusto afirmar que o menor rendimento de Jesé é culpa dele”, como se fosse culpa nossa ou de qualquer treinador e não de quem o contratou, um jogador EMPRESTADO que nos custa 2 milhões por ano para jogar mal que é o mesmo que não jogar ou ser animador de balneário; apontar o dedo a Jorge Silas, que teve culpas óbvias na má prestação do futebol profissional sénior masculino, como sendo o responsável pela “desvalorização de ativos”, quando as contratações medíocres foram feitas pela Administração e por aquele senhor que ninguém sabe o que faz além de sorrir mesmo quando perdemos e passear de limusine, e que dá pelo nome de Hugo Viana, ou como se tivesse sido Jorge Silas ou até Keizer a fechar acordos com jogadores que rescindiram – aí sim, promoveu-se uma verdadeira desvalorização de ativos de forma inexplicável –, uma opção errada como se viu agora com a decisão sobre Rafael Leão; ou, por fim, vir dizer agora que “há vários dossiês parados” no Sporting por causa da pandemia, como se não estivessem parados desde que estes senhores chegaram, é só absurdo e ridículo. O dr. Zenha, tal como o dr. Varandas, devem pensar que os Sportinguistas são tolos. Mas enganam-se!
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