Este sábado perspetivava-se um jogo nada fácil em Alvalade, frente ao Boavista. E porquê? No seguimento duma viagem a Amesterdão, o Sporting iria defrontar os axadrezados, agora comandados por Petit, que se esmera sempre em jogos contra os leões, sem alguns elementos importantes como Palhinha, Feddal, Jovane e Paulinho. Por contraponto, pudemos já contar com Coates, que apadrinhou a estreia de Nazinho a titular, uma vez que Matheus Reis teve de vir para o centro “fazer” de Feddal. Com um Boavista atrevido, sendo apenas impedido por um enorme Adan de chegar primeiro à vantagem, o Sporting foi tentando acercar-se da baliza axadrezada, mas sem a desenvoltura necessária, muito fruto da ausência de Paulinho. Aliás, muitos Sportinguistas ficaram a perceber da preponderância do ponta de lança português na mecânica de jogo da equipa, dada a sua ausência. Tendo chegado á segunda parte com um nulo, a felicidade esteve do lado do Sporting ao proporcionar a Sarabia, o melhor elemento do ataque leonino, a possibilidade de inaugurar o marcador, num lance de várias tabelas involuntárias. Sete minutos depois, ao minuto 59, Sarabia foi bem desmarcado por Pedro Gonçalves e colocou letalmente (e por 1 cm em jogo!) em Nuno Santos, para o 2-0. Três pontos garantidos, liderança mantida em igualdade com o Porto, que ontem venceu o Braga, na cidade invicta.
Mas há algo que tem de observar, até pelo que se passou na terça-feira em Amesterdão. Sabemos que Ruben Amorim prefere planteis curtos, onde todos os jogadores sabem que contam e podem jogar. Mas faltam claramente opções de qualidade imediata, no banco ao Sporting. O resultado de 4-2 é lisonjeiro, mesmo sabendo que a qualificação estava assegurada. Sendo que estamos na Taça da Liga, onde jogamos amanhã com o Penafiel, na Taça de Portugal, onde jogamos dia 22 com o Casa Pia, diria que, em janeiro, é necessário atacar o mercado de forma cirúrgica, mas focada. Caso sejamos bem-sucedidos nesses dois jogos, teremos uma fase final da Taça da Liga para disputar bem como via aberta para as meias finais da Taça de Portugal, que se joga a duas mãos, na fase decisiva da época. Assim, é necessário claramente uma opção de qualidade para rivalizar com Paulinho, bem como um elemento experiente na defesa para dar soluções nas grandes decisões que se adivinham. O sucesso da subscrição do empréstimo obrigacionista (1) bem como as receitas acumuladas pela passagem aos oitavos de final da Champions (2) deverão permitir estes ajustes. O caminho para um bicampeonato, bem como uma boa prestação na Liga dos Campeões, em que hoje saberemos que “tubarão” nos aguarda, assim o determina.
No passado dia 9, tivemos mais um derby, desta vez em hóquei em patins, onde a equipa da casa precisou de ser “levada ao colo” para vencer os leões, atuais campeões europeus, pela equipa de arbitragem. Num jogo onde pareceu valer tudo, passaram incólumes vários lances de agressões aos atletas verde e brancos que não passaram em claro ao Leonino e que prontamente deu conta do sucedido (3). Como tenho vindo a observar, aqueles que pensavam que a maneira de estar do nosso rival, com a saída de Luís Filipe Vieira, se iria modificar estavam redondamente enganados. Que estejamos, pois, de olhos bem abertos em todo o desporto nacional!
Diretor Leonino
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