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É DESTA QUE APOSTAMOS NA FORMAÇÃO E NOS JOGADORES MADE IN ALCOCHETE?
Haja coragem e voltem a colocar no Sporting CP a formação no topo das prioridades e se possível, com o regresso de jogadores já consagrados e identificados com o clube.
Imagem de destaque26 Abr 2020, 09:00

Como tenho vindo a defender é tempo de preparar a próxima época. No próximo dia 8 de maio fará 2 meses que jogamos o último jogo em Alvalade (D. Aves) e, como tal, significa que já quase decorreram 2 meses para que na próxima época não possam existir equívocos e erros de “casting”.

Seguramente a incerteza das receitas e todas as variáveis que envolvem o mundo do futebol, levam a que seja difícil esta tarefa. Mas devemos separar o que são questões relacionadas com as finanças do clube e do que poderemos realmente ser capazes de comprar, e outra coisa é a estratégia e o que queremos definir como modelo de negócio (desportivo) para o Sporting CP.

É neste ponto que quero perceber o que está a ser feito neste defeso alargado, pois como já referi em artigos anteriores nunca uma direção teve tanto tempo para parar e pensar o caminho que deve definir e percorrer nos próximos anos. Claramente, e ninguém terá dúvidas disto, teremos sempre que apostar na formação e nos jovens que a academia de alcochete tem para lançar na equipa principal. Por isso defendo o regresso de 3 ou 4 jogadores made in alvalade. Claro que todos nós gostaríamos de ter o regresso do trio do meio campo (William, Adrien e João Mário) mas convenhamos que não vejo capacidade financeira para conseguirmos tal objetivo. Mas sejam estes três ou apenas 1 destes com o complemento de mais dois jogadores (Daniel Carriço, Bragança, Ruben Semedo, Cédric, José Fonte, etc.), o importante é passar os valores e o ADN do Sporting. Por um lado, os jovens da academia teriam as referencias presentes no plantel e sentiriam que podem vir a ser o futuro do Sporting CP. Por outro lado, perceberiam que com estes jogadores apenas existe um objetivo que é ganhar.

E por último, seria claramente uma equipa mais competitiva pois certamente dentro do campo iríamos ter jogadores a sentir o Sporting CP, coisa que atualmente não vejo. Não duvido do profissionalismo dos jogadores atuais, mas quando apenas temos um jogador português (Maxi) no onze principal e nenhum na seleção nacional, é obvio que deixámos de ser um clube formador e com capacidade de criar ativos para que sejamos um clube rentável e com capacidade de olhar para o futuro. Por isso defendo um plantel jovem com muitos miúdos da academia ou jogadores de talento inegável mesmo não tendo sido formados em alcochete (Plata), e outros mais velhos e que passem a experiência de modo a que daqui a 2 ou 3 anos se possa ter um leque de jogadores de inegável valor e empenhados em trazer o titulo para alvalade.

Se esta direção mostrar aos sócios um caminho perfeitamente claro onde a estratégia seja a formação, estou certo que os sócios irão apoiar. Com essa coragem, deixaríamos de ter jogadores como Jesé, Bolasie, Fernando ou Borja. Esses sim, geraram um custo brutal sem qualquer proveito e sobretudo sem capacidade de trazer a médio prazo uma venda que justificasse essa aposta. Prefiro arriscar no Daniel Bragança, no Pedro Mendes, no Joelson, ou noutro qualquer miúdo da academia do que ir buscar jogadores como os que referi em cima.

É “só” isto que peço. Estou certo que é por aqui que estamos a seguir pois os sinais que têm vindo na comunicação social vão nesse sentido. E se assim for terão o meu apoio. Haja coragem e voltem a colocar no Sporting CP a formação no topo das prioridades e se possível, com o regresso de jogadores já consagrados e identificados com o clube. Quero ir a Alvalade e ver uma equipa com alma e unida. E claro, com os sócios TODOS a puxar para o mesmo lado.

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