Há novidades sobre o recurso do Sporting após queixa do Porto

Nuno Sousa mostrou-se muito crítico do financiamento de 225 milhões de euros feito pelo Sporting. O candidato à Presidência do emblema verde e branco falou com o nosso Jornal, em Exclusivo Leonino, e acusou Frederico Varandas de "hipotecar o futuro" dos leões, em virtude dos "egos" que existem em Alvalade.

Nuno Sousa: "Estamos outra vez a hipotecar o futuro para sustentar ordenados principescos"

"Mais dívida a um prazo absurdo com perda de independência. Encapotadamente voltámos à era Roquette que quase destruiu o Clube associativo. Com isto volta-se a ouvir falar de reestruturações e criação de novas empresas, que levará à entrega progressiva do clube a investidores. Esta direção sempre apostou na alienação das receitas futuras e no enfraquecimento da força associativa. Estamos outra vez a hipotecar o futuro para sustentar ordenados principescos da “estrutura”, egos e a máquina de propaganda montada", começou por explicar Nuno Sousa, sobre esse financiamento de 225 milhões de euros, que, segundo fonte oficial, será utilizado nas obras no Estádio de Alvalade.

Nuno Sousa também comentou o ambiente que se vive no futebol português - tal como fez Carlos Xavier, recentemente -, com especial atenção às controvérsias com os árbitros: "Polémicas sobre arbitragem sempre houve e sempre vai haver, umas vezes serão uns outras vezes serão outros. Os que estão seriamente na discussão fazem propostas estruturantes, os que não estão falam de lances em concreto. O VAR foi e é uma medida estruturante que curiosamente desde a sua introdução nivelou o campo e já “ajudou” a sermos campeões. Quem fez força para que isso acontecesse? Bruno de Carvalho ex-presidente do Sporting. Nunca vi outros clubes interessados".

Nuno Sousa: "Frederico Varandas sempre pareceu dar-se melhor com pessoas de outros clubes do que com a massa adepta do Sporting"

"Se há quem domine a arbitragem então algo errado está. A minha proposta sempre foi a autonomização dos árbitros tal como acontece na Inglaterra. Alguém quer isso? Não me parece, pois todos querem ter o tal poder para “influenciar” nos bastidores", começou por dizer Nuno Sousa, questionado sobre qual deveria ser a posição do Sporting.

O candidato à Presidência do Sporting em 2022 acrescentou, ainda, o seguinte: "A resposta de Frederico Varandas a dizer que dominámos em número de campeonatos, parece-se tanto com as respostas que ouvi durante anos e décadas vindas dos rivais que diziam exatamente a mesma coisa, nomeadamente de Pinto da Costa que mostrava os trofeus internacionais para desmentir esse ascendente sobre a arbitragem nacional. Afinal, parece que Frederico Varandas tinha ali um modelo a seguir no tipo de resposta, o que revela a sua falta de coerência e em nada contribui para uma posição que se quer “de adulto na sala” por parte de quem lidera o Sporting".

Para terminar, Nuno Sousa comentou a reunião entre o Presidente dos leões e Rui Costa, homólogo do Benfica, na tomada de posse de Carlos Moedas, em Lisboa: "Frederico Varandas sempre pareceu dar-se melhor com pessoas de outros clubes do que com a massa adepta do Sporting, por isso não me surpreende".

A equipa de andebol do Sporting perdeu, com o Fuchse Berlin, por 38-37, esta quinta-feira, dia 13 de novembro. Em duelo da sétima jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, o Clube de Alvalade recebeu a turma alemã e lutou muito, contra uma das melhores equipas do mundo. Veja AQUI como decorreu a partida.

Num duelo disputado no Pavilhão João Rocha, a turma verde e branca entrou muito bem na partida, e chegou a estar na frente por três golos de vantagem. No entanto, o Fuchse Berlin reagiu, passou para a frente ainda durante os primeiros 30 minutos. Ao intervalo, os germânicos lideravam por 20-19.

Na etapa complementar, o Sporting voltou a demonstrar o espírito que levou a equipa de andebol verde e branca ao domínio da modalidade em Portugal. No entanto, o esforço acabou por não ser suficiente, e os leões foram vencidos por apenas um golo de diferença.

Com esta derrota - a terceira em 19 jogos na nova temporada - os comandados de Ricardo Costa seguem no quinto lugar do seu grupo da Liga dos Campeões, com oito pontos. No primeiro lugar, seguem exatamente os alemães que hoje derrotaram os verdes e brancos.

O Sporting vira, agora, atenções para o campeonato nacional. O próximo jogo, a contar para a 11ª. jornada da fase regular da Liga Portuguesa, está marcado para domingo, dia 16 de novembro, frente ao Águas Santas, às 18h30, no Pavilhão João Rocha.

O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol arquivou a queixa do Sporting contra André Villas-Boas, referente ao episódio recente em que o Presidente do Porto pareceu chamar "calimero" aos homólogos do Clube de Alvalade e do Benfica.

As autoridades competentes julgaram "totalmente improcedente a acusação" levada a cabo pelo Sporting. Sendo assim, o Conselho de Disciplina da FPF decidiu absolver André Villas-Boas "da prática de uma infração disciplinar" relacionada com "lesão da honra e da reputação dos órgãos da estrutura desportiva e dos seus membros".

Em causa, relembre-se, estão as palavras de André Villas-Boas nos 'Portugal Football Globes', onde o Presidente do Porto disse o seguinte: "a ausência de um dos melhores VAR portugueses, Tiago Martins, que tem sido amplamente criticado pelo presidente do Sporting e do Benfica e está afastado dos clássicos (...) a coação feita pelos presidentes dos rivais tem impacto direto nas nomeações (...) Estamos todos ansiosos para ver a quem será hoje atribuído o prémio de 'Calimero do Ano'. Não faltam candidatos…".

Segundo informações a que o jornal Record teve acesso, a defesa de Villas-Boas terá apresentado os seguintes argumentos: "As expressões que proferiu se inserem no legítimo exercício da liberdade de expressão, em contexto institucional e de debate público sobre o futebol, não contendo qualquer imputação de factos falsos, desonrosos ou ofensivos da honra de árbitros ou agentes desportivos".

O Presidente do Porto atacou ainda a queixa do Sporting, explicando que viola "o princípio da igualdade e da coerência decisória, mostrando que, em casos substancialmente idênticos, incluindo, no seu entender, declarações muito mais graves proferidas por dirigentes de outros clubes — não foram instaurados procedimentos disciplinares nem aplicadas sanções".