Paulo Gonçalves, principal arguido do processo e-toupeira, está a ganhar cada vez mais influência no futebol português, agora como empresário de jogadores. Esta quinta-feira, 21 de agosto, o SC Farense anunciou a contratação de Brian Mansilla, por empréstimo do Racing Club (Argentina), para a equipa principal. Nas redes sociais, o clube algarvio partilhou algumas fotografias da apresentação do atleta e Paulo Gonçalves acompanhou a oficialização do negócio.

No entanto, esta não é a primeira ocasião em que Paulo Gonçalves é intermediário em transações de jogadores no futebol português. De acordo com informação avançada pelo jornal Público, o antigo assessor jurídico do SL Benfica terá também intermediado a transação de Luquinhas, então jogador do Desportivo das Aves, para o Legia Warszawa , em julho de 2019, por uma verba a rondar os 450 mil euros. Já no presente ano, o mesmo jornal denunciou as ligações suspeitas entre o clube avense e o SL Benfica (LER AQUI).

Nas redes sociais, os Sportinguistas manifestaram a sua perplexidade com a crescente influência de Paulo Gonçalves no futebol português. Lembre-se, por exemplo, que, em abril de 2018, numa Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, o antigo assessor jurídico do SL Benfica envolveu-se, com o apoio de António Salvador, num desentendimento com Bruno Mascarenhas, que, à altura, era dirigente dos leões.

Em fevereiro de 2019, Paulo Gonçalves, depois de ter sido forçado a abandonar as funções que desempenhava no SL Benfica, criou a Profute Consultoria Unipessoal LDA, empresa de agenciamento de jogadores.

Paulo Gonçalves, juntamente com Júlio Loureiro e José Silva, é um dos principais arguidos no processo e-toupeira, que ainda aguarda marcação de julgamento.

Fotografia de SC Farense