

Ano Novo afinal sem vida nova. O jogo do Sporting, ontem no Funchal, mostrou mais uma vez uma equipa frágil fora de casa, sem capacidade de reação às contrariedades. Tal facto não se entende, nem se compreende, tendo o Porto perdido dois pontos no dia anterior, frente ao Casa Pia, e ir-se disputar no próximo dia 15, pelas 18 horas, um derby no Estádio da Luz que nos poderia colocar a seis pontos da liderança. Ao invés, ficámos a doze (!) pontos da liderança e a seis (!) da posição que dá acesso direto à Champions, ocupada pelo Braga, estando o Porto, no terceiro lugar, a cinco pontos de distância.
Em quinze jornadas apenas, verifica-se uma prestação muito frouxa. A causa é fácil de observar: fora de casa, o Sporting é apenas o oitavo(!) classificado, somando dez pontos em 8 jogos, com um score de golos de -2 (1). A muralha defensiva que existia com Palhinha e Matheus Nunes não passa agora duma miragem. No jogo de ontem, raramente os jogadores do Sporting ganhavam os duelos individuais. Nuno Santos, sendo dos poucos jogadores que possuem “sangue na guelra” para emprestar à equipa, começou no banco, quiçá porque Amorim teve medo do quinto amarelo. Coates também saiu, quando a equipa já perdia, para dar lugar a um Saint Juste sem ritmo. Ruben Amorim esqueceu-se do ditado popular: “Mais vale um pássaro na mão que dois a voar”, falhando ao tentar jogar em simultâneo o jogo da Luz antes de assegurar os três pontos na Madeira. Sem surpresa, a arbitragem foi medíocre e o VAR tendencioso contra o Sporting, alguém com “histórico” conforme o Leonino reportou (2), mas quando se vê uma equipa do Sporting sem nervo, sem respeito próprio nem autoridade futebolística no campo, fica mais fácil para que os enganos aconteçam. A quinta derrota em quinze jogos aconteceu, com mercado aberto e, ao que parece, com as saídas de Porro e Edwards em equação. No rescaldo, voltámos à lengalenga do “levantar a cabeça”, demonstrando que, dentro e fora de campo, jogadores, treinador e direção estão numa anemia inexplicável. Acordem!
Com o anúncio de Roberto Martinez como novo selecionador nacional, parece também haver alguma anemia para os lados da FPF. Tal facto não pode ser imputado a jogadores do Sporting visto que nenhum foi convocado para o Qatar… Se a Fernando Santos era apontado o baixo carisma, bem como o aparente desperdício duma geração, a FPF “brinda-nos” com o “Fernando Santos” da Bélgica, com a agravante do nosso ter, pelo menos, ganho um Euro e uma Liga das Nações. Honra seja feita a Gilberto Madail quando em 2002, após um rocambolesco Mundial na Coreia, teve a coragem e a capacidade de contratar Luiz Felipe Scolari, para “cortar a direito”, rompendo com vícios, muitos deles que vinham de dentro da própria FPF e catapultar a Seleção Portuguesa para um patamar de elite durante uma década e meia, quiçá sendo a base dos êxitos de Fernando Santos. Curiosidade, pois, para ver o que irá acontecer, estando o dossier “Ronaldo” no topo das atenções.
Diretor Leonino
(1) https://www.flashscore.pt/futebol/portugal/liga-portugal/classificacoes/#/0npsaei3/table/away
(2) https://leonino.pt/var-que-nao-viu-penalti-claro-sobre-porro-tem-cadastro-com-o-sporting/





















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