Finalmente, depois de um longo período sem a bola a rolar, as competições oficiais estão quase a começar, infelizmente ainda sem podermos ir a Alvalade para apoiar o Sporting CP.

Falta uma semana e é já no próximo sábado que nos estreamos na edição 2020/2021 da Liga NOS, ao recebermos em nossa casa o Gil Vicente.

Antes, já este fim-de-semana, tempo ainda para o derradeiro jogo de preparação, com a disputa do troféu Cinco Violinos, frente a uma das mais poderosas equipas italianas, o Napoli.

No Sporting CP, como nos outros clubes, quase todos os adeptos gostam de analisar as aquisições e as saídas, de fazer listas dos jogadores que seriam, na nossa opinião, ótimos reforços para a equipa, mas também dos outros, daqueles que dispensávamos do plantel sem grande amargura.

É por isto que o futebol é encantador. É um desporto simples. Não confundir com fácil, isso é um erro. Mas quase todos entendemos o jogo, quase todos parecemos perceber o que se apresenta, tantas vezes, como quase óbvio: aquele jogador não serve para o Sporting CP, o outro é uma promessa que merece oportunidades, este pode sair se for por bom preço, aquele avançado do Nenhures Futebol Clube é que nos faz falta e devíamos fazer um esforço para comprá-lo.

Cumpre, no entanto, a quem trabalha diariamente nestes assuntos e no Sporting CP analisar, estudar, listar hipóteses e alternativas, negociar e tomar decisões. Vamos gostar de algumas das decisões, não vamos gostar de outras. Faz parte.

Esta semana que agora finda, por exemplo, tivemos várias notícias que considero positivas: as renovações de dois jogadores dos quais ainda esperamos muito: Daniel Bragança e Joelson. A reintegração nos treinos da equipa principal de Palhinha, um jogador que faz falta neste plantel e o qual gostaria muito que não saísse.

Os jogos de pré-época que pudemos ver (através da TV) deram-nos já indicações do que poderá ser o Sporting CP 2020/2021. Na minha opinião – todos temos uma, não temos? – na baliza estamos muito bem servidos. Luís Maximiano é a aposta, Adán é muito seguro e experiente e veio para dizer a Max que, se quer discutir a titularidade, tem de estar sempre no máximo.

Na defesa, Porro parece subir de rendimento de jogo para jogo, esperamos mais dele, mas já está acima de Ristovski (um suplente que pode ser muito útil) e, de longe, muito acima do flop Rosier. No centro, creio que todos apostamos na titularidade de Quaresma, Coates e Feddal. Mas devo dizer que tenho gostado de ver Borja como central mais à esquerda e Gonçalo Inácio foi uma muito agradável surpresa nesta pré-época. Gostei muito, seguro a defender, excelente nos passes em profundidade a lançar o ataque. Para o centro da defesa temos ainda Neto e… Ilori. No lado esquerdo, Nuno Mendes já me convenceu em absoluto. Neste esquema de Rúben Amorim os laterais não são bem laterais, são alas, fazem toda a sua ala, e Antunes é o jogador que tentará roubar o lugar ao jovem produto da Academia. Estamos bem servidos.

Palhinha e Wendel são, para mim, o dueto do miolo que devemos ter. Mateus Nunes e Daniel Bragança estarão sempre à espreita da oportunidade.

À frente, temos vários jogadores e opções: Jovane Cabral, Sporar e Pedro Gonçalves (Pote) parecem levar vantagem na luta pela titularidade neste início de época. Mas Nuno Santos, Joelson, Plata, Tiago Tomás ou Vietto estão na luta.

Acho que ainda falta a este plantel um “matador”, um ponta de lança de eleição, que compita com Sporar pela titularidade.

Depois, além de Acuña, que aparentemente já tem o destino traçado, há vários jogadores que não referi, e até alguns que mencionei, que devem ser “resolvidos”, mas cuja continuidade no plantel é de utilidade duvidosa.

Ilori, Vietto, Camacho, Doumbia, Rosier, Luiz Phellype e Miguel Luís são alguns dos nomes que, na minha opinião, por razões diferentes e com soluções possíveis diferentes, podiam ir respirar “outros ares”. Por exemplo, gostava de ver Camacho e Doumbia a evoluírem por empréstimo noutra equipa, com menos pressão, emprestados. Ainda tenho esperança que saiam dali jogadores de qualidade.

Outros há em relação aos quais não tenho esperança nenhuma.

Mas o que dá sempre esperança, sempre, e me encanta, é poder acreditar, poder esperar o melhor, acreditar que é este ano que a equipa vai ter capacidade de superação e que vamos finalmente ser de novo campeões. Gosto de sonhar. O Sporting CP tem esta capacidade de me fazer sonhar. Sei que é muito difícil, mas, neste arranque de época, antes do primeiro jogo, deixem-me, por uma vez que seja, dizer: EU QUERO O SPORTING CAMPEÃO!