Com sete jornadas disputadas, temo um quinto do campeonato já disputado. Em nono lugar, o Sporting encontra-se à mesma distância da liderança que da zona de despromoção.
Se temos o Benfica já com onze pontos de avanço, é também de realçar que o Braga dispõe de uma vantagem de nove e o Porto de seis pontos, respetivamente, sendo que apenas os dois primeiros lugares dão acesso à Champions League 23/24. O terceiro lugar apenas dá direito a entrar no playoff. Neste contexto, há que dizer que o campeonato, no que nos diz respeito, encontra-se perdido.
O Sporting encontra-se, pois, numa posição extremamente delicada, na qual compromete também a capacidade de investimento e atração de talento para a próxima época. Este cenário de tibieza dos Leões contrasta com o dos rivais da Segunda Circular, que já se projetam como campeões, antes mesmo do fim de setembro. Nos meios tradicionais, a onda triunfal sobrepõe-se ao facto de atravessarem um “jejum” completo de três anos, tal é a vontade que o campeonato vá para o “galinheiro” …
Mas parece que está tudo bem por Alvalade. Afinal, ninguém dá a cara pela péssima classificação, um goal average quase nulo, apresentando a quinta pior defesa de um campeonato com dezoito equipas. Como referi no lançamento da época, a defesa não foi convenientemente reforçada (1). Preparar uma época com St. Juste, um lesionado crónico (2), Luís Neto e Ricardo Esgaio é, de facto, brincar com a sorte, sobretudo quando se “desmonta” o meio-campo campeão que protegia a defesa, como era Palhinha e Matheus Nunes. Treinador e estrutura colocarem-se nas mãos de Paulinho, único ponta de lança do plantel, torna-se temerário para enfrentar os “autocarros” do campeonato português, que foram precisamente desenhados para travar ataques móveis e tecnicistas dos três grandes.
Se Amorim continua em boa forma no que respeita à forma como lida com a comunicação social, continua no campo a cometer erros que custam pontos ao Sporting. A inexistência dum “plano B” tático, bem como a insistência em jogadores que não rendem, criará, para quem acompanha o futebol de forma mais atenta, dúvidas se Rúben Amorim tem capacidade para outros voos. Persistir em erros de casting, com prejuízo claro para o Sporting, não é teimosia nem carácter… é estupidez!
A Seleção joga no sábado, dia 24, na República Checa. A derrota escusada com a Suíça impõe a necessidade de duas vitórias, sendo que o outro jogo é com a Espanha, dia 27. Curiosidade, pois, para ver como está a “estrelinha” de Fernando Santos, em véspera do Mundial do Qatar. Olhando para o lote de selecionados, onde não se encontra nenhum jogador do Sporting, não obstante a elegibilidade óbvia de Pedro Gonçalves e Gonçalo Inácio, dá a ideia de que o Selecionador Nacional não tem fé no que é verde e branco (3). E se assim for, também creio que o sentimento da maioria dos Sportinguistas é recíproco…
Diretor Leonino
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