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CARTILHA PARA O COVID-19
As capas de alguns jornais desportivos, com endeusamento à lá “Estadista dos Pneus”, justificar-se-ão por ignorância e preguiça em verificar as Leis da República Portuguesa.
23 Mar 2020, 09:00

No passado dia 19 de Março, dia do Pai, o dia foi vivido de forma diferente. De acordo com o solicitado pelas autoridades, muitos de nós usámos os telefonemas, as videochamadas, os messengers para “estarmos” um pouco com os nossos Pais. Não obstante a vasta maioria dos Portugueses terem, até agora, um comportamento cívico responsável, nós Sportinguistas, habituados que estamos a resistir e a perseverar perante as adversidades, durante longos períodos de tempo, devemos zelar para que sejamos exemplo e inspiração, para os que nos rodeiam, nesta quarentena que ainda está para durar. Assim, os Sportinguistas têm um papel de responsabilidade na sociedade, num desafio que vamos superar, certamente, em conjunto.

As organizações estão também a fazer um esforço para conseguirem o equilíbrio entre a quarentena e o manter, imprescindível, da sua capacidade de laboração/produção. No que ao Sporting diz respeito, os seus maiores ativos, os seus atletas e treinadores, na ordem das centenas, são também vulneráveis, como todos nós, ao COVID-19. A pandemia é, por conseguinte, também uma ameaça direta ao Sporting. Espera-se assim que o Sporting esteja, ativamente, a monitorizar os seus recursos humanos, de forma a minimizar qualquer risco de contágio, lesivo, a todos os níveis, dos interesses do Sporting, bem como implementando planos de treino, planos alimentares e de hábitos de vida, para que os seus atletas se mantenham em forma, bem como funções de suporte, como entrega de alimentos e materiais de treino aos atletas. No que ao futebol diz respeito, note-se que muitos dos ativos do Sporting tem “valor de mercado” na ordem dos milhões de euros, pelo que este controlo, que se quer rigoroso e responsavelmente cumprido, é fundamental no business continuity, na altura que atravessamos. Todas as atividades, por mais louváveis que sejam, que ponham em risco de contágio os atletas, são lesivas dos interesses do Sporting Clube de Portugal. A cartilha, para se enfrentar esta pandemia, tem pois de ser rígida e controlada ao milímetro.

Frederico Varandas, dada a sua condição militar, com licença sem vencimento, de acordo com a Lei da Defesa Nacional, foi obrigado a apresentar-se ao serviço após a declaração do estado de Emergência, por parte do Presidente da República, comandante Supremo das Forças Armadas¹. As capas de alguns jornais desportivos, com endeusamento à lá “Estadista dos Pneus”, justificar-se-ão por ignorância e preguiça em verificar as Leis da República Portuguesa. Esta situação leva a que o Presidente do Sporting Clube de Portugal, mas também o Presidente do Conselho de Administração da Sporting SAD, se encontre, para já, a prestar serviço no Hospital das Forças Armadas, podendo, inclusive, participar em hospitais de campanha¹.

Algumas interrogações surgem então: Quem fica a dirigir o Clube e a SAD durante esta pandemia? Terá Varandas delegado os seus poderes e funções nalgum dos outros Administradores? Com a anulação da licença sem vencimento, ficará Frederico Varandas inibido para o exercício dos cargos na Assembleia da Junta de Freguesia de Odivelas², na Presidência do Sporting e na Sporting SAD? Seria bom que estas questões fossem esclarecidas para que tenhamos todos a cartilha certa, em tempos de COVID-19.

1 – https://www.dn.pt/desportos/varandas-volta-ao-exercito-a-obrigatoriedade-e-o-telefonema-para-regressar-ja-ao-ativo-11959834.html

2 – https://jf-odivelas.pt/composicao/

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