À terceira jornada, o Sporting encontra-se no 12º lugar, com apenas quatro pontos (1). Não obstante já ter “despachado” as visitas a Braga e ao Dragão, encontra-se a cinco pontos da liderança. Mais do que o handicap factual de pontos, uma vez que os clubes que disputam o título também terão de jogar entre si, é a “onda” negativa que se gerou e que pode afetar o moral das hostes leoninas. Recordo que no meu artigo anterior, intitulado “Veremos o que acontece” (2), referia, antes do campeonato começar, que “Olhando para os rivais, dir-se-á que este ano se perspetiva uma “corrida a três”, em que o nosso plantel parece ser o menos apetrechado”. Infelizmente, tal tem se vindo a confirmar ao que se acresce as indisponibilidades (temporárias) de Paulinho e Daniel Bragança bem como das vendas de Matheus Nunes e Tabata, somadas às saídas anteriores de Palhinha e Sarabia. Estamos com um plantel factualmente mais pobre e mais expectantes ficaremos quando, esta quinta-feira, pelas 17h, forem conhecidos os adversários na Champions League (3).
Se, como anteriormente expus, o tempo urge para a aquisição de reforços, deve também ser feita uma reflexão. Toda a gestão da comunicação em torno da questão de Matheus Nunes foi inexistente, tendo Rúben Amorim ficado fragilizado para dentro e para fora quando, após expressamente ter dito que Tabata foi vendido para manter Matheus Nunes e Pedro Gonçalves (4) e, dias depois, o internacional português estava de malas aviadas para o Wolves, deixando a equipa com menos uma opção, a poucos dias de visitar o rival azul e branco, no seu reduto. Mas Amorim também não devia ter exposto essa fragilidade, quando se “desmarcou” da venda, apontando claramente responsabilidades à Direção. Ao treinador compete treinar, potenciar os jogadores disponíveis e ganhar jogos. Talvez Amorim, treinador jovem e pouco “batido”, se tenha consciencializado que o protagonismo comunicacional que lhe foi confiado, era afinal um “presente” envenenado. Isso talvez explique a sua frase, quando referiu na conferencia de imprensa, antes do jogo com o Porto, “eu só sou um empregado do clube” (5) …
Varandas tem, no entanto, a “chave” para esta época. Recordo que em 2001/02, o Sporting, à terceira jornada, tinha apenas três pontos e era 16º classificado (6). O segredo para a reviravolta e “dobradinha” no final da época? A contratação de um grande ponta de lança, de seu nome Mário Jardel! Serão, pois, estes dias, até ao fim do mercado, decisivos para aportar qualidade ao plantel do Sporting. É sempre preferível contratar pouco e bem, como Amorim apontou (5) do que contratar, por “atacado”, Jesés, Bolasies e Fernandos apenas para fazer número.
Este sábado, dia 27, pelas 20:30, frente ao Chaves, é o momento de virar a página e arrancar para uma época ao nível do Sporting Clube de Portugal!
Diretor Leonino
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- https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Liga_de_2001–02
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