Na passada semana tivemos a tão aguardada Assembleia Geral da FPF, onde se iria decidir como considerar os Campeonatos de Portugal, isto é, como fazer a sua equivalência para as competições atuais. Foram submetidos a votação três pareceres, com três diferentes pontos de vista sobre como considerar esta questão (¹). Esta questão, para além da elementar justiça, de integrar na lista de vencedores dos campeonatos Marítimo, Olhanense, Carcavelinhos (que reverteria atualmente para o Atlético), bem como acrescentar três títulos de campeão ao Belenenses, teria o condão de diversificar o leque de vencedores do campeonato nacional, robustecendo a própria marca da Liga Portuguesa, podendo atrair mais investimento. Se olharmos para a Premier League, é através desse património e diversidade de vencedores que existem tantos clubes históricos e, consequentemente, cobiçados para investimento. Círculos virtuosos de futebol do início do séc. XX continuam, assim, votados ao esquecimento. Não obstante, a Assembleia Geral da FPF fugiu com o “rabo à seringa”, chumbando todas as propostas, ficando tudo na mesma, tal como estava.
Esta devia ser uma questão consensual que só não o é por responsabilidade dum único Clube. Com efeito, é o Benfica que tem feito tudo, sobretudo através dos seus “cartilheiros” e escribas, para obstaculizar este reconhecimento. Uma ironia verificar um comportamento tão tacanho duma agremiação que apregoa aos quatro ventos que são os maiores de Portugal. Se bem que já devíamos ter desconfiado quando contabilizam finais perdidas como títulos…
O nosso Futsal venceu o campeonato, num claro 3-0 no playoff. Os meus parabéns aos comandados de Nuno Dias que, assim, foram a única modalidade de pavilhão que se sagrou campeã nacional por parte do Sporting. Como tenho vindo insistente e vincadamente a reiterar, as modalidades têm de estar equipadas e preparadas para ganhar títulos. Portugal sendo um país pequeno, sendo o país desportivo e federativo ainda mais pequeno, é fundamental para a afirmação do Sporting essa preponderância. As vitórias nas modalidades geram sinergias que potenciam vitórias no futebol, da mesma forma que um futebol forte gera uma onda positiva nas modalidades, desde que se saiba gerir essa interação. O chamado círculo virtuoso…
No retomar dos trabalhos no futebol, temos o normal rebuliço que a época de transferências traz. No meio das inevitáveis saídas que acontecerão, todos os Sportinguistas esperam que as mesmas tenham impacto mínimo na equipa de Ruben Amorim, sendo supridas por entradas de igual ou superior valia futebolística. Para, também no futebol, termos um círculo virtuoso.
1 – https://leonino.pt/federacao-nega-titulos-ao-sporting-pelo-menos-para-ja/
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