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CRIANDO PONTES
Em democracia governa-se ganhando eleições. E, democraticamente, critica-se quem “governa”, como forma de lembrar as promessas feitas eleitoralmente. Os mandatos são para se cumprir, mas, as promessas
Imagem de destaque29 Fev 2020, 19:00

Recuso-me, peremptoriamente, ir no embalo dos que querem fazer crer que, este ambiente conflituoso, que se vive no seio da família sportinguista, é a sua normalidade!

Não me compagino com o falso branqueamento histórico, que sempre vivemos internamente divididos e que sobrevivemos à custa de dizer mal uns dos outros. Isto não é, nem nunca foi, o Sporting que eu aprendi a amar. O Sporting não é um conjunto de pessoas que se juntaram, sob o mesmo emblema, para autoflagelarem-se. Hoje somos o resultado de um conjunto de projectos nascidos para fomentar a separação. Para dividir para reinar. Para criar conflitos que ocultam má gestão. Para distrair os mais incautos do que é fulcral no nosso Sporting.

Recuso-me a aceitar este ambiente malicioso como uma fatalidade! Recuso-me a aceitar que, sob este emblema que em si encerra o esforço, dedicação, devoção e glória de tantos que envergaram a camisola do Sporting, alguém ouse dividir-nos e destruir-nos de forma tão deplorável, rompendo com todo e qualquer principio onde assentam as bases do desporto.

Não procurar entendimentos, que devolvam serenidade ao nosso Sporting, é desrespeitar o passado glorioso que foi construído com muito suor e lágrimas, pelos que nos deram dimensão e respeito mundial!

Saibamos nos inspirar nas nossas glórias do passado para que, com o mesmo esforço e abnegação, ultrapassemos estes momentos difíceis de completo desnorte da família sportinguista.  É com este espírito aberto e ganhador, dos nossos heróis, que devemos encarar estas ondas que querem derrubar o nosso sporting. Muitas delas, infelizmente, criadas por nós mesmos.

Em democracia governa-se ganhando eleições. E, democraticamente, critica-se quem “governa”, como forma de lembrar as promessas feitas eleitoralmente. Os mandatos são para se cumprir, mas, as promessas/programas, também! Pois, supostamente, os leitores votam em programas de candidatura e, quando este não é implementado, por quem ganhou através dele, a legitimidade do mandato fica comprometida. É bom que se entenda que, uma eleição, não é um cheque em branco! É sim mandatar alguém para cumprir um programa que foi sufragado pelos eleitores. Por isso, temos que ter calma e aceitar as críticas, pois elas fazem parte do processo democrático.

A busca da crítica construtiva, da alternativa, da criação de pontes, da união dos sportinguista e de despoluição deste ambiente corrosivo, que gravita no seio do universo sportinguista, são as razões pelas quais, à poucos dias, tomei a iniciativa de juntar todos os que já foram candidatos, ou pretendam vir a ser, para emprestarem todo o seu conhecimento, experiência e profissionalismo ao serviço do nosso amado Sporting, em honra de todos aqueles que, com o seu esforço e amor ao Sporting, nos deram tantas alegrias e tanto contribuíram para o nosso emblema fazendo dele uma marca de referência mundial. Todos nós lhes devemos este empenho!

Sempre, e especialmente por estes dias, o Sporting precisa de todos nós! Nenhum sportinguista, seja ele sócio, adepto ou simpatizante, está dispensado de dar o seu contributo para podermos definir:

•             Que Sporting pretendemos.

•             Que caminhos devemos percorrer.

•             Que programa adoptar para atingir o caminho definido.

•             Quem terá a capacidade para liderar, de forma séria e capaz, um programa destes.

Sem individualismos, nem interesse pessoais, tendo como interesse comum honrar e ser-se digno deste Símbolo que dizemos gostar, acredito que seremos capazes de voltarmos a ser: SPORTING.

Todos juntos, vamos conseguir!

Saudações sportinguistas.

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