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DENTRO E FORA DAS QUATRO LINHAS: EXÍMIOS!
Grave é que não se tomem as decisões corretas, de forma justa e honesta. Se o Futebol Português não quer abertura de precedentes, tem de ser transparente o suficiente para não os fomentar.
Imagem de destaque07 Fev 2021, 12:30

Uma semana perfeita para o Sporting CP. Não existe, porventura, melhor forma de caracterizar tudo aquilo que aconteceu nos últimos dias na Liga NOS. A equipa leonina venceu, justamente, duas das partidas mais importantes da época, diante de Benfica e Marítimo, enquanto que os adversários diretos perderam pontos. A par disso, fechou-se o mercado de transferências com qualidade acrescentada para o plantel, ainda que, na minha opinião, Sporar fosse uma opção válida. O plantel do Sporting precisa de profundidade e soluções, pelo que considero que o jogador, agora emprestado ao SC Braga, nos poderia ser útil.

Com a segunda volta do campeonato a começar, é importante manter cautela e os pés bem assentes na terra. Olhando para a época passada, o então primeiro classificado levava oito pontos de vantagem sobre o segundo e, no final, não levou a faixa de campeão nacional para casa. Sendo, neste caso, o Sporting CP líder e imbatível no campeonato, nunca é demais relembrar que há dois clubes, dominantes em Portugal – fora das quatro linhas -, que saem altamente prejudicados desta situação. Um deles encontra-se a catastróficos onze pontos do primeiro lugar, enquanto que o outro, a seis. Até terminar o campeonato irá ainda rolar muita tinta, muita notícia será criada para fazer ruído e muito ouviremos, eventualmente, as infundadas lamúrias de Sérgio Conceição, Francisco J. Marques (FC Porto) e Rui Costa (SL Benfica). Nada de novo.

Debrucemo-nos, agora, sobre a nova polémica do campeonato. Aquela que faz com que, por exemplo, o grupo Cofina emita duas notícias totalmente diferentes, em dois dos seus jornais. O caso – que nada tem para o ser – João Palhinha. Como já havia dito na semana passada, o jovem jogador leonino foi alvo de uma injustiça. Foi verdadeiramente indecente aquilo que se fez ao médio leonino, que se viu, na altura, excluído do derby sem qualquer fundamento. Fábio Veríssimo, segundo relatam os meios de comunicação social, fez Mea Culpa e, mesmo assim, não foi suficiente para que houvesse coragem de despenalizar o jogador. No entanto, o Sporting comportou-se muitíssimo bem e arranjou uma forma lícita de se esquivar de mais uma das muitas jogadas de bastidores que aconteceram e irão acontecer até final desta época. Por muito que o Conselho de Disciplina faça exposições, por muito barulho que os adversários façam e critiquem a abertura de “um grave precedente”, parece-me que o Sporting está muito bem salvaguardado do ponto de vista jurídico nesta situação. Na impossibilidade de o TAD (Tribunal Arbitral do Desporto) agir de forma célere neste processo, foi apresentada uma providência cautelar ao TCAS (Tribunal Central Administrativo Sul) que, até decisão do primeiro, suspendeu o castigo aplicado ao jogador.

Parece-me, honestamente, que o Sporting CP foi rápido e inteligente a agir nesta situação. Regressando às afirmações sobre a abertura de um “grave precedente” que muitos mencionam, tentando fragilizar o Sporting CP, não me parece sequer uma questão. Grave é que não se tomem as decisões corretas, de forma justa e honesta. Se o Futebol Português não quer abertura de precedentes, tem de ser transparente o suficiente para não os fomentar.

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