Após algum tempo ausente, volto a escrever umas linhas de reflexão sobre o nosso Sporting.
Poderia escrever sobre o mercado, sobre o início de época, mas irei escrever sobre o grande problema que vivemos dia após dia, ano após ano, no nosso clube.
É notório que o clube está mais dividido que nunca, temos fações denominadas Brunistas, Varandistas, croquetes e afins.
Somos todos do Sporting. Contudo, andamos em guerra civil, uns com os outros, apenas e só porque temos visões diferentes, mas um amor em comum chamado Sporting Clube de Portugal.
Este problema foi-se adensando devido à destituição do ex-Presidente do Sporting, e posteriormente devido ao fracasso do Dr. Frederico Varandas que em todos os capítulos na sua missão como Presidente falhou. Prova disso é o tão afamado slogan de campanha “Unir o Sporting”.
Ao invés de ter um discurso congregador, conciliador onde tentasse unir os Sportinguistas em torno dele, optou desde o início, e quando deu jeito, pelo discurso da herança pesado. Se no primeiro ano quando ganhou títulos o trabalho tinha sido dele (com um plantel que não foi desenhado por ele), na época seguinte quando tudo correu mal, a história da herança pesada voltou como se nós fossemos uns tolos.
A narrativa usada por esta direção e sua comunicação oficial e não oficial é que qualquer um, que critique opções desta direção é Brunista, não podendo ser apenas só alguém que pense e que critique por perceber que este rumo, esta direção nos irá levar mais cedo ou mais tarde ao abismo.
Não bastando isso, abriu uma guerra sem precedentes com as claques do clube, sabendo que politicamente poderia, numa altura difícil, ganhar o apoio das “centrais”, adeptos e sócios mais conservadores.
Esta estratégia tem funcionado para esta direção, tão e só, porque aqueles que não querem o Sporting envolto em polémicas, guerras e guerrilhas e apenas querem ver a “bola a rolar”, quando existe uma critica de alguém dizem que são os “vândalos” das claques ou os “malucos” Brunistas.
Assim, na próxima candidatura ao invés do slogan ser “Unir o Sporting” deveria ser substituído por “Dividir para reinar”.
Quando temos um Presidente cujo seu último pensamento na tomada de decisão é “o que eu tenho de fazer para me manter no lugar” e não é “o que é melhor para o Sporting” percebemos que não poderemos ter um futuro promissor.
Uma reflexão no meio deste texto para aqueles que dizem que o Sporting sempre foi um clube desunido; não há muito tempo tivemos uma votação de 87% a favor da última direção do Sporting. Os Sportinguistas querem união, querem apenas e só COMPETÊNCIA.
Assim, e porque sou Sportinguista e não sou de nenhuma fação do Sporting, e não tenho nenhum prazer em falar mal como nenhum daqueles que criticam. Gostaria apenas que este Presidente, até se manter no cargo, pacificasse o Sporting.
Como?
Não terá tarefa fácil, mas poderá começar por tentar chegar a um acordo com as claques, defendendo sempre o interesse do clube, mas não esquecendo a importância histórica das claques; Colocando a votação de Assembleia Geral para todos os Sócios que foram expulsos sejam reintegrados com exceção daqueles que tenham problemas com a Justiça; Pedindo exigência para com todos aqueles que vestem a camisola e que servem o nosso clube; Dando a cara nos momentos maus e não se escondendo como tem feito em desaire após desaire; Dando explicação aos Sócios sobre a vida do Sporting não se escondendo em parangonas de heranças pesadas e afins; Pensado o que é “melhor para o Sporting” e não o que é “melhor para o Presidente do Sporting”.
É preciso humildade, é preciso querer, é preciso competência para isso.
Têm-na? Tenho dúvidas, mas como já disse várias vezes, a fé neste momento é a única luz ao fundo do túnel.
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