Na passada sexta-feira, o Sporting conseguiu apurar-se para os oitavos de final da Taça de Portugal mediante uma exibição personalizada contra o Paços de Ferreira. Em campo, a equipa expressou a resposta correta ao jogo de Famalicão, numa exibição sem erros, a contar para a Liga NOS. Sendo competições diferentes, com prémios monetários dispares, graças aos bilhetes dourados para a Champions League, garantidos para os dois primeiros classificados da Liga NOS, não se vislumbrou nada de anormal neste jogo, não obstante a nomeação de Joao Pinheiro (1). Veremos pois qual o próximo adversário que nos calha em sorte.
No jogo contra os “castores”, o Sporting não contou com Pedro Gonçalves, no campo, nem com Rúben Amorim, no banco, devido aos acontecimentos de Famalicão. Também dai decorrentes, estarão abertos processos, no Conselho de Disciplina, a João Mário, Miguel Braga e Frederico Varandas por declarações proferidas sobre arbitragem (2). Para o Sporting voltar a ser campeão, necessita de autocontrolo e frieza dos seus protagonistas, para que não caiam nas “cascas de banana” que, recorrentemente, lhes têm posto no caminho. O surpreendente é verificar como, ano após ano, os elementos do clube se deixam por “a jeito” para nelas escorregar. Um erro que, aborrecidamente, se repete. Assim, teremos um João Mário, um dos mais influentes e com maior senioridade na equipa, com uma “espada de Dâmocles” em cima, adivinhando-se que o castigo será proferido num qualquer timing, que de inocente terá pouco. O histórico de subtilezas do futebol português assim aponta. Estava nas mãos, ou melhor, na boca de jogadores e dirigentes do Sporting não dar o “ouro ao bandido”. Às vezes, parece que há pouca ou nenhuma aprendizagem no Clube ao longo do tempo, pelo que os adversários agradecem estes erros.
A semana passada, soube-se também que a Mesa da Assembleia Geral do clube de Alvalade, presidida por Rogério Alves, indeferiu “por unanimidade” os pedidos de assembleias gerais, apresentados no passado mês de outubro (3). Esta foi a resposta a uma “chuva” de requerimentos, tanto para destituir órgãos do Conselho Diretivo e da Mesa da Assembleia Geral, bem como para readmitir sócios expulsos. Quiçá um erro, tantos e tão variados requerimentos, pelo que veremos se os requerentes acatam ou enveredam por uma disputa jurídica. Pelo que se viu em 2018, a maioria dos Sócios não são entusiastas da judicialização das questões internas.
Olhando para a “big picture”, tendo em conta que as eleições decorrerão, à partida, em Março de 2022, estamos a menos de 15 meses. Ora, o mais lógico seria, para quem não se revê em Varandas e seus pares, seguir pelo caminho da agregação, não desperdiçando energia e tempo. Será que os vários putativos candidatos evitarão cometer o erro de olhar para apenas o seu ego? Com o bom desempenho, até agora, da equipa de Amorim, Varandas viu reforçada a sua imagem, pelo que, olhando para o nível de exigência mais comum entre Sportinguistas, o apuramento direto para a Champions, mesmo sem conquista de títulos, fará com que Varandas ocupe a pole position no ato eleitoral que se avizinha. O desenlace poderá ser favorável a quem cometer menos erros.
1 – https://leonino.pt/pinheiro-em-alvalade-causa-indignacao-nos-sportinguistas/
2 – https://leonino.pt/processos-para-varandas-joao-mario-e-braga/
3 – https://leonino.pt/mag-recusa-assembleias/
Diretor Leonino
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