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ERROS INADMISSÍVEIS A SOMAR A UM FESTIVAL DE MÁ INFORMAÇÃO
Vimos jornalistas e comentadores revoltados com a arbitragem de Manchester e com palavras fortes e impactantes. Alguém os ouviu desde sábado?
Imagem de destaque22 Out 2020, 12:00

O Sporting CP foi brindado com uma arbitragem à anos 90 no passado fim de semana. A somar a este triste episódio observámos o corporativismo habitual desta classe profissional quando se trata do Sporting CP e as análises de especialistas absurdas do ponto de vista do que deveria ter sido o foco da discussão – seja de forma propositada ou por ignorância.

Durante os 90 minutos, o árbitro Luís Godinho aplicou uma dualidade de critérios a nível disciplinar – várias entradas duras e de sola que nem admoestação de cartão amarelo mereceram – e uma expulsão perdoada a Zaidu, logo aos 20 minutos. Se consigo entender até certo ponto a dúvida do lance em direto para o árbitro, o mesmo já não consigo entender para o VAR, Tiago Martins. E é aqui que começa uma atuação memorável e que deixaria orgulhosos os seus antecessores da década de 90. Sentado numa cadeira, tranquilamente, com um comando na mão e sem  ter sequer a pressão do público no árbitro principal, o VAR, Tiago Martins, conseguiu achar que o movimento do Zaidu sobre Porro não era merecedor de expulsão. Será que era ele que estava ontem no VAR em Manchester? Talvez seja por isso que o Sérgio Conceição tenha elogiado tanto os árbitros portugueses. No fundo, estava a dar os parabéns pela belíssima homogeneidade de critérios entre o clássico de sábado e o jogo de ontem.

Perto do final da primeira parte, tivemos o lance capital do jogo. A decisão, que provavelmente nos retirou os três pontos. A decisão que não nos deixou poder ficar a 6 pontos do rival. Uma decisão inconcebível e que vai contra tudo o que é a essência e regras do protocolo do VAR. O Tiago Martins tinha a certeza absoluta que não tinha existido falta? Ou já tem um equipamento que mede a intensidade dos puxões/empurrões ou obviamente que não. E este tem e deve ser o foco da discussão. Tiago Martins chamou Luís Godinho sem ter a certeza e este, sem também ter a certeza, optou por retirar a expulsão e a grande penalidade. E se estes factos por si mesmos não são já gravíssimos, temos a cereja no topo do bolo: as imagens mostradas do lance.

Zaidu não coloca apenas o braço nas costas de Pedro Gonçalves e o puxa, como também o derruba nas pernas e coxa. Quem foi o responsável pela seleção das imagens a mostrar ao árbitro para ele decidir? Quem foi o responsável por este erro inamissível e que manipulou a decisão do árbitro? Qual é a justificação para as imagens só terem aparecido na comunicação social – e com origem nos adeptos – apenas 24 horas depois?

Temos portanto um VAR que chama um árbitro sem ter a certeza, um árbitro que reverte uma decisão sem ter a certeza, um VAR que não mostra todas as imagens do lance ao árbitro e consequentemente uma decisão, com clara influência no resultado, que foi tomada com imagens que não representam o que realmente se passou.

Nas 24 horas seguintes, observámos uma opinião pública e especialistas da arbitragem a absolver o árbitro e o VAR e que não foram capazes de reconhecer o erro depois das segundas imagens terem sido tornadas públicas.

Frederico Varandas falou e denunciou estes factos no final do jogo. E bem. É fundamental o líder aparecer nestes momentos e dar a cara pelos Sócios. Pela revolta que sentíamos. Trata-se de todos nós defendermos a instituição Sporting CP contra um sistema montado desde que me lembro de futebol.

A classe da arbitragem já se prepara para, como habitual quando se trata do Sporting CP, ter uma atitude corporativista contra nós. Vimos jornalistas e comentadores revoltados com a arbitragem de Manchester e com palavras fortes e impactantes, alguém os ouviu desde sábado? Alguém leu frases parecidas relacionadas com o clássico de sábado? Aguardemos pelas próximas semanas.

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