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ESTE SILÊNCIO NÃO É DE OURO… É DE LATA!
O Presidente do Sporting deve ser o primeiro guardião dessa ambição, dessa exigência e dessa intransigência, a favor da excelência na performance de equipas e atletas!
03 Fev 2020, 08:00

A derrota em Braga determinou que o Sporting agora se encontra em quarto lugar, a 22 (vinte e dois) pontos de Benfica e a 15 (quinze) pontos de Porto, com Famalicão e Rio Ave à espreita pelo lugar europeu. Como enfatizou Luís Neto, no final do jogo, está fácil brincar com o Sporting como o fez despudoradamente Jorge Sousa, amarelando tudo o que era verde e branco, com ex-libris para o amarelo a Vietto, assim que entrou.

Durante o mês de Janeiro, houve amarelos cirúrgicos que enfraqueceram a equipa para os jogos decisivos com Benfica e Porto. O Sporting remeteu-se ao silêncio quando devia, de imediato, ter-se imposto pela figura do seu Presidente, pois como diz o povo… “quem não chora não mama”… e os nossos rivais não têm qualquer complexo em fazê-lo, desequilibrando as decisões e o poder a seu favor. Estar calado quando se é prejudicado, é não servir bem o Sporting, menorizando-o perante todos os protagonistas do mundo do futebol.

Infelizmente, a capa do Jornal Sporting desta semana, bem como o editorial de Frederico Varandas, são também de uma menorização atroz da instituição Sporting Clube de Portugal, perante jogadores, ou melhor, ex-jogadores. Quando se pergunta por que razão jogadores, ex-jogadores, empresários e restantes personagens do mundo do futebol só sabem encher o peito e “ter garganta” contra o Sporting, basta pegar na edição de 30 de janeiro para responder à pergunta. Uma instituição agradecer daquela forma, sobretudo após a sua rescisão, a um profissional bem remunerado, como se ele tivesse feito um favor ao Clube, aos Sócios e aos adeptos, por desempenhar com regularidade, dando o máximo (como sempre deu no campo!), como era seu dever, é de uma falta de respeito próprio e de exigência que, provavelmente, explica porque muitas vezes noutros clubes os jogadores jogam nos limites e depois no Sporting andam em “serviços mínimos”. Tal como está inscrito no lema leonino, tudo o que seja menos que Esforço, Dedicação, Devoção e Glória não serve, nem pode ser admitido no Clube. O Presidente do Sporting deve ser o primeiro guardião dessa ambição, dessa exigência e dessa intransigência, a favor da excelência na performance de equipas e atletas! Como tal, não pode ter um editorial daqueles onde chega até a elencar jogadores que ludibriaram, desrespeitaram e hostilizaram a instituição como Futre, Bruma e Simão Sabrosa.

A semana ficou também marcada pelo quebrar do silêncio por parte da MAG, encabeçada por Rogério Alves que, para espanto de muitos, “chutou para canto”, no que respeita à decisão sobre o pedido de AG destitutiva. Deu a hipótese aos requerentes de esclarecer algumas questões, nomeadamente, quantas versões teve o requerimento e se o mesmo foi presente aos subscritores, bem como questionar sobre os motivos para a justa causa da revogação do Conselho Fiscal e Disciplinar, que, ao que parece, foi requerida, mas não justificada. Assim, é surpreendente o não indeferimento liminar do requerimento, bem como o valor apresentado para o custo da AG de 23 de Junho de 2018, na ordem de 194 mil euros, quando os valores largamente difundidos na comunicação social na altura apontavam para 80 mil euros. Rogério Alves e seus pares conseguiram assim manter o suspense relativamente a este tema e isso, per si, tem efetivamente um significado político, ainda mais após esta derrota em Braga.

Por último, foi chocante observar que o Sporting, através das suas redes sociais, conseguiu dar os parabéns ao roupeiro, mas não o fez em relação a Augusto Inácio, campeão pelo Sporting como jogador e treinador. O respeito pela Instituição e por quem a serve, contribuindo para o enriquecimento do palmarés do Clube, não pode ser rebaixada por questões de preferências ou (des)afetos pessoais. Sem dúvida, este silêncio não é de ouro… é de lata!

Diretor do Leonino

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