No passado sábado, voltei a assistir a um jogo de futebol no Estádio José Alvalade. Sensação estranha ao regressar, dado o último jogo a que assisti, in loco, se disputou em fevereiro de 2020. Com os condicionamentos possíveis, lá assisti, bem perto do local onde possuo gamebox, na bancada poente. E, se ao voltar, encontrava uma equipa do Sporting campeã nacional no relvado, cadeiras verdes na central, não pude deixar de ficar estupefacto e irritado com o facto dos bancos, agora cobertos com um reclame totalmente opaco, cortarem ainda mais a visão do campo às primeiras filas da central. “Para ver 80% do jogo também devia pagar apenas 80% do bilhete” dei comigo a pensar. Felizmente, logo aos seis minutos, Gonçalo Inácio desfez essa irritação, colocando o Sporting logo em vantagem. Num jogo em que verifiquei, ao vivo, a equipa do Sporting muito mecanizada, operando no terreno qual “máquina”, a B-SAD não era adversária capaz de causar perigo. Que diferença a exibição de sábado para as paupérrimas exibições e ambiente que se encontrava em Alvalade nos tempos pré-Amorim. Com naturalidade, o Sporting acabou por fazer o 2-0, num golo a dois tempos de João Palhinha, numa exibição que poderia ter sido coroada com outros números se Paulinho tem estado em noite de acerto na finalização. Diga-se, no entanto, em abono da justiça, que Paulinho esteve impecável em todas as outras ações em campo, desde a defensiva, posicional e a assistir os colegas, pelo que a boa dinâmica ofensiva do Sporting se deveu muito à sua prestação. No futebol, quando o coletivo sai a ganhar, não há muito mais a dizer.
Na passada semana, confirmou-se a saída de Luís Maximiano (1). Ao que tudo indica, os dossiers Diaby (2), Sporar (3) e Rafael Camacho (4) estão também em vias de serem resolvidos. No que respeita a estes três últimos, o que importa refletir é a política e coerência desportiva, ou ausência dela, que fez com que os mesmos aterrassem em Alvalade. Isto significa que os jogadores não têm valor? Nada disso! Tal como eloquentemente expôs Rúben Amorim sobre a hipótese Slimani, durante a semana, “Sei que os adeptos gostam muito do Slimani, mas esta é a nossa ideia e passa por aí” (5), aludindo ao facto de, na sua conceção, o plantel ter dois avançados, Paulinho e Tiago Tomás. Podemos concordar ou discordar. Mas o que é facto é que Rúben Amorim é muito disciplinado com os jogadores que quer, fazendo por manter uma espinha dorsal, impondo de “baixo para cima” uma política desportiva coerente, concorde-se ou não. E, essa coerência, dá resultados positivos pois, como disse no final do jogo, “esta equipa vive da união que tem”, pelo que é preciso que todos os jogadores se sintam úteis e que jogam a qualquer momento (6). Assim, repito-me: No futebol, quando o coletivo sai a ganhar, não há muito mais a dizer…
Diretor Leonino
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