O caos continua a imperar no reino do Leão, os sucessivos pedidos de AG’s multiplicam-se, as trocas de acusações continuam o seu ritmo constante, processos em tribunal e as várias quezílias internas, ocupam diariamente o universo Sportinguista e, numa vertente muito optimista (ou irónica) de ver as coisas, animação é algo que não falta aos Sportinguistas, nunca se sabendo o que poderá acontecer no momento seguinte, não conhecendo o clube o conceito de palavra rotina.

No entanto, hoje, como todos os dias, é dia de Sporting CP, hoje é dia de clássico e, pelo menos durante 90 minutos, devemos todos esquecer o que está mal, o que está péssimo e até o que está bem, ainda que não tenha sido bem feito e/ou com atropelos à vontade ou opinião dos Sócios.

Hoje, o Sporting CP vai entrar em campo, num jogo que, não sendo determinante, é sempre importante para a força anímica da equipa, é um jogo entre rivais de igual estirpe (ou, pelo menos, aquilo que ainda gostamos de pensar), é um jogo onde vemos regressos de jogadores que pertencem à prata da casa e que ansiamos ver fazer a bola rolar e em quem depositamos as maiores esperanças, porque são dos nossos, hoje é dia em que politiquices, atitudes erradas, manobras calculistas, calculadas ou de diversão, não importam.

Porque a equipa, os jogadores, o Sporting CP, são mais importantes que as pessoas e actos de quem os (nos) governa e Sportinguista que é Sportinguista, a única coisa que não tolera, é a derrota, seja em que circunstância for.

A vida fora de um estádio já está difícil que chegue para que, ainda que não presentemente, não desfrutemos daquela que é uma das maiores alegrias e escapes que temos do quotidiano: ver o Sporting CP jogar.

Assim, nem que seja por um dia, esqueçamos todos as guerras, as regras (ou a falta delas), os conflitos e as divisões, porque hoje, como sempre, é dia de Sporting CP.