Este Natal, o Sporting vai passar a Consoada na liderança. No passado Sábado, num desafio bastante difícil perante o Farense, os três pontos foram arrancados a ferros. Este jogo deverá servir como sinal de alerta para Rúben Amorim, constatando-se que os adversários aperfeiçoaram o “antídoto” contra o modo habitual de jogar da equipa do Sporting. Praticamente em todos os desportos, verifica-se que é um erro deixarmo-nos “aprisionar” numa única tática, num único modo de fazer as coisas. Nos últimos dez minutos, para tentar ganhar o jogo, Rúben Amorim trocou os intervenientes, por outros mais dinâmicos com bola, mas não ousou trocar o esquema de jogo. Os treinadores rivais estão atentos e vão tirando notas…

A falta de hábito do Sporting, em ver marcada uma grande penalidade, aos 90 minutos, podendo com isso decidir-se a atribuição dos três pontos, surpreendeu tanto Sportinguistas, como rivais. Com o resultado feito, verificámos, mais uma vez, uma equipa adversária do Sporting, no final do jogo, à procura de “caldeirada”. Resultado? Mais um amarelo para Nuno Santos. E assim, Nuno Santos, Coates, Feddal e Palhinha estão com 4 amarelos (com mais um amarelo são suspensos por um jogo) (1) sendo que os dois próximos jogos são, primeiro, com a B-SAD e depois, pasme-se, com o SC Braga… Assim, reforço, como tenho vindo a fazer em crónicas anteriores, que a estrutura dirigente do Sporting tem de perceber as subtilezas do futebol português e transmitir a jogadores e equipa técnica que têm de estar vigilantes e munir-se de autocontrolo, para não se deixarem arrastar para situações que não nos beneficiam. Note-se ainda a ofensiva mediática que começou, mal o jogo acabou, por parte dos “peões mediáticos” dos rivais azuis e encarnados, nas várias redes sociais e televisões, procurando condicionar opiniões. Lembro que a voz do Sporting não deve aparecer somente quando perde pontos, mas sempre que os rivais se estejam a “esticar” para amesquinhar as vitórias leoninas. A não consciência disto, bem como a não reação de imediato, de forma igualmente coordenada, tal como a ofensiva mediática de que fomos alvo, poderá custar pontos, lá mais para a frente…

Ainda da semana passada, saúda-se as démarches que a Direção do Sporting efetuou sobre o processo de reconhecimento dos Campeonatos de Portugal como títulos de Campeão Nacional (2). Este é um processo, que, se não fosse a visão tacanha do rival encarnado, deveria ser pacífico e de todo o interesse para o futebol português. Porquê? Para além das razoes históricas aduzidas nos documentos entregues (3), quero mostrar outra vertente. O leitor sabe qual é também uma das grandes razões porque a Premier League é a Liga em que todos querem investir? Porque se reconhecem que já existiram 24 campeões nacionais (4). O que permite que investidores possam sentir-se atraídos para cada um desses clubes, robustecendo a Liga como um todo. Afinal são 24 “grandes”, alguns à espera de retornar ao seu antigo esplendor. Portugal com oito clubes campeões diferentes, como cartão de visita, dissiparia a imagem atual de periférico e pobre, onde apenas três clubes pontificam (5). É neste incremento de valor, que a todos beneficia, que a Liga de Clubes devia ser sensibilizada e envolvida para o efeito. Contrariando a visão arcaica que parece dominar na FPF que, dadas as suas estruturas de poder, parece pretender uma bipolarização Benfica/Porto. Inexplicável quando, para o ano, devia todo o futebol português celebrar 100 anos de Campeões Nacionais. Tal como em Inglaterra se percebeu, não se deve deitar fora parte da história!

Por último, dirijo-me aos leitores do Leonino desejando-lhes, em nome de toda a equipa, votos de um Bom Natal.

1 – https://leonino.pt/na-beira-da-suspensao/

2 – https://leonino.pt/sporting-quer-22-titulos-reconhecidos/

3 – https://comunicados.sporting.pt/comunicado/83961

4 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_campeões_do_futebol_da_Inglaterra#Por_clube

5 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ta%C3%A7a_de_Portugal#Campeonato_de_Portugal