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O TALENTOSO MR. ALVES
Alegrem-se, e não desesperem. O movimento e todos os Sócios estão tão nas ‘mãos’ de Rogério Alves como Frederico Varandas.
Imagem de destaque12 Fev 2020, 08:00

Rogério Alves é um homem de muitos talentos. Sabe muito. Respeito-o por isso.

Lapidar a forma como exclui de jogo o movimento Dar Futuro ao Sporting.

Recebeu o requerimento do movimento, que não é marginal, mas é amador como até se costuma querer nestas situações, a 7 de janeiro. Ao invés de dar seguimento ao pedido, acertou com os líderes dos signatários uma decisão para daí a três semanas. Já perto do prazo, finalmente, deslocou-se à área de Sócios para pedir a confirmação das assinaturas, e poucos dias depois, a bater o dia e hora da resposta combinada, fez um pedido de esclarecimentos ao movimento que requereu a Assembleia Geral Extraordinária para destituir esta Direção.

Logo nessa resposta, Rogério Alves, em representação da Mesa de Assembleia Geral (MAG), como seu Presidente, preparou o que viria a seguir. Só não viu quem não quis ou não entendeu quem não conseguiu entender.

As pontas ainda estavam soltas, mas o talentoso Mr. Alves já preparava os nós que daria a 11 de fevereiro. Na carta de resposta, resumo o essencial: havia dúvida na forma de obtenção das assinaturas, apenas 1.365 votos de 383 Sócios foram considerados válidos e foi indicado o valor da última Assembleia Geral, 194 mil euros. Não uma informação essencial porque ainda não era hora de fixar o valor, mas já que Rogério Alves estava com a caneta na mão, e surgiu em conversa, cá vai esta cifra para irem pensando nela.

A resposta do Dar Futuro ao Sporting não se fez esperar, e veio extemporânea, carregada de erros táticos e em formato de ultimato. Entre os males feitos, o pior foi o movimento, a essa altura, ainda não ter percebido que estava nas ‘mãos’ de Rogério Alves, que já navegava confortavelmente a saber que juridicamente estava defendido quer guinasse à esquerda ou à direita, e na subjetividade que era a execução prática da Assembleia Geral, tinha os trunfos todos na mão. Podia começar o jogo de Ás de espadas ou de duque, que a vitória era certa.

Espernearam, treinaram a voz grossa, mas o destino estava traçado. Concretizou-se ontem.

Por comunicado, carta de resposta e cinco senhores sentados atrás daquela mesa, que torna a situação menos solene do que a pompa do Presidente da MAG gostaria, Rogério Alves escreveu e falou.

Não subiu o tom, mas foi assassino. Colocou o Dar Futuro ao Sporting num puzzle de jogo eletrónico, do qual não sairão com vida, mesmo que as vidas fossem infinitas.

O jogo começa com a forma como foram obtidas as assinaturas, que segundo a MAG não cumpre os requisitos legais. Ou seja, chumbados logo no primeiro nível.

Mas se tivessem sobrevivido à questão formal, passaria para o segundo nível, no qual enfrentariam os factos constantes no requerimento, que segundo a MAG não integram o conceito de justa causa.

Terceiro nível, se tivessem a ousadia de vencer os outros dois: Altice Arena. Pois é, por segurança, e como os tempos são conturbados caros Consócios!, não é possível usar o Pavilhão João Rocha, tal como em 2018. E como disseram lá atrás, há poucos dias, no final de janeiro, e espero que tenham decorado, é 194 mil euros. São 15 dias para reunirem a ‘massa’, e mesmo com alguém a bancar não dá para bancar tanto.

Quarto nível. Dos 1.365 votos dos Sócios que subscreveram o requerimento, 750, ou seja, mais de metade, têm de estar presentes na Assembleia Geral ‘destitutiva’ para a votação ser válida. É irem encontrá-los e buscarem-nos a casa, se conseguirem dar com as ruas.

Depois de estafados por terem derrotado tanto boss nos níveis anteriores e aqui chegados, teriam de ganhar a votação no quinto nível, para destituir a Direção, coisa que ao dia de hoje também não é garantido.

Cinco nós para desatar. Só o primeiro será fácil de soltar, através de nova recolha de assinaturas. Todos os outros, objetiva e subjetivamente, não serão soltos.

Alegrem-se, e não desesperem. O movimento e todos os Sócios estão tão nas ‘mãos’ de Rogério Alves como Frederico Varandas. Aliás, o Presidente que deixe de governar para as câmaras e para os microfones. Dirija a sua energia e atenção apenas para quem lhe valida a experiência que está a ensaiar no cargo mais importante do mundo.

Uma coisa Frederico, eu, os signatários do movimento e todos os Sócios do Sporting Clube de Portugal, temos como garantido. O talentoso Mr. Alves tomará sempre a melhor decisão em função do desígnio mais importante de todos. Ele próprio.

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