Nunca fui uma grande fã de Sporar. Acho-o um ponta de lança com potencial, mas sem capacidade de ser tão grande como aquilo que o Sporting CP precisa e merece. Ainda assim, é um ponta de lança e tem feito o trabalho dele, umas vezes melhor que outras, mas tem feito.
Por curiosidade, fui ver noutro dia quantos membros tem o plantel, e, contas feitas, vão quase 31 membros, a verdade é que, para quem queria uma equipa pequena aquando chegou ao clube, hoje tem mais membros do que aquilo que precisa, se é estranho ? É. Se todos jogam? Nem pouco mais ou menos, mas cá continuamos a encher os bolsos a alguns que se recusam a sair e poder jogar, mas que têm de baixar o ordenado.
No meio de todas estas confusões, ainda tivemos tempo de ver, quando o mercado de transferências esteve perto de fechar, o interesse do actual treinador em Paulinho. O avançado do Braga era um objectivo, era um sonho, era um desejo e não fosse o António Salvador ter a falta de consciência de pedir qualquer coisa como 15 Milhões por 50% do passe, o Sporting CP tinha dado a Rúben Amorim o avançado que ele queria.
Contas feitas, nem o Salvador encheu os bolsos à nossa custa (já bem que lhe chegou aquilo que cobrou pelo treinador), nem nós tivemos um ponta de lança novo. Continuamos com Sporar, Luiz Phellype e, tirando das contas os miúdos da formação, Tabata.
Um Sporting CP que quer ser Campeão tem de ter um ponta de lança capaz de assustar as defesas adversárias, tem de ter um ponta de lança capaz de concretizar, mas, mais do que isso, tem de ter um ponta de lança no onze inicial.
Nos últimos jogos, desde que o mercado fechou , que Rúben Amorim tem começado as partidas sem nenhum avançado capaz de ser homem-golo. Uns dizem que ele está a fazer birra por não ter chegado Paulinho, outros dizem que ele quer fazer crescer a equipa primeiro, para que possam aprender a jogar em conjunto, seja como for, para mim não faz sentido.
A prova disso mesmo foi o jogo da passada quarta-feira com o Gil Vicente para pôr as contas em dia no que respeita aos jogos em atraso. Amorim já começou a partida sem poder contar com João Mário e só depois de ter percebido que provavelmente o Gil podia fazer o bonito em Alvalade é que colocou em campo Sporar, Tiago Tomás e Daniel Bragança. As coisas começaram a correr melhor e deixámos ter aquela aflição de não conseguir chegar ao último terço do terreno com capacidade de marcar.
Verdade seja dita, o futebol mudou, muito a custo da chegada e do brilho em campo que Pedro Gonçalves coloca, ocupamos neste momento o segundo posto da tabela e ainda conseguimos fazer frente ao FC Porto em Alvalade, mas se queremos títulos, temos de pensar que só os vamos conseguir ter a jogar com consciência de que os campeonatos se ganham com golos… e sem ponta de lança não é impossível, mas fica difícil.
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