

O Natal, sendo uma época de festa e recolhimento familiar, reveste-se este ano, em termos futebolísticos, de um carácter também de renascimento. Tal facto deriva de, após um inaudito Mundial em novembro/dezembro, recentrar-se de novo o foco nas competições nacionais.
Façamos primeiro um balanço do Mundial pois o mesmo terá impacto e “prolongamento” para o quotidiano nacional. As peripécias e entropia geradas de e a partir da própria da Seleção, mostram bem como, por vezes, os anos passam e quase nada muda. Alertei, no devido momento, que era motivo de estupefação a “carga” de Fernando Santos sobre Cristiano Ronaldo, completamente fora de tempo (1).
“Azar dos Távoras”, os 6-0 sobre uma Suíça debilitada por um vírus, segundo o seu responsável clínico (2), deram a ilusão que Cristiano Ronaldo já podia ser descartado, enquanto se dedicavam “odes ao novo Eusébio” (mais um!) de seu nome Gonçalo Ramos, promovido pela “turma” do costume. Pois bem, o choque de realidade veio logo com Marrocos, onde os “meninos do Seixal” (Ramos e Félix) mostraram toda a sua incompetência na hora da verdade, perante um adversário competitivo. Em desespero, Fernando Santos ainda colocou Cristiano Ronaldo, na última meia hora, para tentar livrar-se de responsabilidades, mas nem sequer soube montar o jogo de forma a servir um dos melhores avançados de sempre do futebol mundial. Que tal como astro mundial, por mais idade que tenha, ainda mete muito medo e respeito nas defesas contrárias. Assim, por contraste, enquanto a Argentina se uniu em torno dum Messi com 35 anos, Portugal sucumbiu aos interesses mesquinhos do costume. Uns acabaram campões mundiais, outros vieram com o “rabo entre as pernas” para casa, permitindo que uma seleção africana, pela primeira vez, chegasse a umas meias-finais.
No entanto, esta paragem parece ter feito bem ao Sporting. Amorim parece ter renovado não apenas o seu contrato, mas também o seu animo e capacidade de estimular a equipa. A exibição sólida e implacável com o Braga, na passada segunda-feira, num jogo de “mata-mata” para alcançar a final-four, da Taça da Liga, abre boas perspetivas para a segunda metade da época. São também bons os sinais de que se irá retocar o plantel, dotando-o de soluções para suprir os seus desequilíbrios. Liga Europa e Taça da Liga são objetivos que, dada a grandeza do Sporting, a sua conquista tem de estar na mira de Ruben Amorim e seus pupilos. Não esquecendo ainda o acesso direto à Champions, através da classificação final da Liga portuguesa.
Por último, dirijo-me aos leitores do Leonino desejando-lhes, em nome de toda a equipa, votos de um Bom Natal.
Diretor Leonino





















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