Sucedendo a Portugal, a Itália sagrou-se ontem campeã da Europa, em pleno Wembley, frente aos anfitriões. Um título que lhe assenta bem, pois durante a globalidade do torneio, foi uma equipa que jogou futebol quando pôde jogar, sabendo sofrer quando o jogo pedia sacrifício. Uma vitória saborosa a nível pessoal também para Roberto Mancini que, em 2013, foi demitido do Manchester City (1). Southgate, sendo o selecionador inglês com melhores resultados em torneios em décadas, não conseguiu lograr o título, não obstante o magnifico lote de jogadores de que dispõe. Ironia das ironias, fez entrar, aos 119 minutos, Rashford e Sancho, para a marcação das penalidades, vindo, os dois, a falharem a sua conversão. Constata-se, mais uma vez, que o escalonamento e a gestão da marcação de penaltys obedece a uma certa inteligência emocional, não sendo uma mera chamada de “malta” a marcar. Na passada terça-feira, a colocação de Morata, para a marcação da quarta grande penalidade espanhola, foi um enorme atrevimento de Luis Enrique, que jogou “aos dados” com os “deuses do futebol” sendo, por isso, penalizado.
Em Portugal, o grande destaque da semana continua a ser a detenção do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira. Em bom rigor, um acontecimento que já não é inédito naquela agremiação, pois são vários os ex-presidentes que têm (e continuam a ter) problemas com a justiça. Veremos, pois, esta semana os desenvolvimentos deste tema. Para já, o que é verdadeiramente enternecedor, é como políticos, comentadores, humoristas e até fazedores de “memes”, que aumentaram a sua notoriedade à conta da promoção feita pela “máquina Benfica”, na comunicação social, renegam o, até agora, “Estadista”, como foi amplamente laureado, nos anos áureos em que Vieira levou campeonatos para a Luz. Um comovente contorcionismo que, caso Vieira tenha sangue siciliano, não esquecerá…
Noutra vertente, tivemos mais uma trapalhada à portuguesa no que respeita à presença de público nos estádios, na época 21/22 (2). Com efeito, a Liga anunciou que as competições iriam ter publico na bancada, em cerca de 33%, aquando da realização do sorteio para o calendário. O Governo não confirma, chutando “para canto”, fazendo constar que a decisão ainda não está tomada. No meio desta balbúrdia, onde o Governo vai inventando regras e mais regras, sem saber muito bem como atuar, no âmbito do COVID-19, continuam os Sócios do Sporting sem saber quais os critérios e em que moldes podem adquirir gamebox para a próxima época. Lembrando que os direitos e a preservação dos agregados familiares no estádio, que existiam pré-pandemia, deviam também ser fator de ponderação, confesso que gostaria que o Sporting se pronunciasse, de viva voz, sobre este tema. É que, se não for o Sporting a defender o interesse e os direitos dos Sportinguistas, duvido que alguém o faça!
Diretor Leonino
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