01 Mar 2021, 10:00 No passado Sábado, o empate no jogo grande da jornada foi favorável aos interesses do Sporting. Num cenário em que os azuis e brancos tinham de assumir as despesas do jogo, de forma a encurtar distancias, a equipa do Sporting soube ser sólida quanto baste para aguentar com as investidas do adversário. Assim, coube ao Porto maior ascendente, conforme demonstram as estatísticas (1). Realce para a segurança que Adán transmitiu a toda a sua defesa. Sem grandes intervenções, a sua presença foi sentida em todos. Essa tranquilidade permitiu que o Sporting aguentasse o período de maior pressão do Porto, até cerca dos 75 minutos. Aí, tal como já foi sendo observado noutros jogos desta Liga NOS, dá ideia que o Porto “estoira” fisicamente, acabando o jogo já em sofrimento, abrindo brechas cada vez maiores nas suas linhas. Contrastando com a frescura física do Sporting, podemos até imaginar que, se o jogo tivesse mais alguns minutos, seria mesmo o Sporting a desfeitear o adversário, em contragolpe. Contas feitas, o Sporting manteve as distâncias, continua invicto, não deu vitamina moral ao seu adversário, mas perdeu um “ponto” para o Porto. Não, não é equívoco. Os azuis e brancos ficaram com vantagem direta, em caso de igualdade pontual no final do campeonato, tendo em conta o empate com golos na 1ª volta, pelo que a distância pontual, de vantagem, é, atualmente, de nove pontos (2). A vitória de ontem do Braga reforça, no que a nós diz respeito, a margem de nove pontos para quem nos persegue. Agora, o nosso foco é já na próxima sexta-feira, pelas 20h45, perante o Santa Clara.
Muito se falou das reações dos Sérgios (Conceição e Oliveira) no final do jogo. Como disse, e muito bem, Rúben Amorim, não devemos levar demasiado a peito por serem a quente (3). Eu vou mais longe e acrescento o que Amorim não disse, mas fez subentender: Foram as declarações de quem sabe que perdeu o campeonato. Estou a afirmar que o Sporting já o ganhou? Não! Mas os Portistas sabem que deixou definitivamente de estar nas mãos deles. É por esse prisma que se deve entender o tacticismo de Ruben quando diz “Se agora perdermos o título assumo a responsabilidade, jogadores não teriam culpa” (3). Mantendo a serenidade, desvia a pressão excessiva dos jogadores, mas mantém o foco, ao não morder o isco de proclamações de candidaturas. Que Ruben continue a manter a clarividência comunicacional pois, por aí, os rivais não têm encontrado o mínimo espaço, ao contrário de anos anteriores, para disseminarem dúvidas e divisões.
Na semana passada anunciámos que passaremos emitir a Leonino TV, em estúdio ou outras plataformas informáticas disponíveis (4). O projeto Leonino que nasceu em janeiro de 2020, não obstante os enormes desafios e constrangimentos que a pandemia trouxe, tem conquistado o seu espaço dentro do público Sportinguista, apresentando um crescimento sustentado, tanto em visualizações no site como em alcance nas redes sociais. É pois com regozijo que, paulatinamente, damos passos a enriquecer o projeto Leonino, com um formato cada vez mais dinâmico, indo ao encontro das expectativas dos Sportinguistas em terem o seu ponto de informação sobre tudo o que envolve o universo verde e branco. Longe vão os tempos em que muitos tentavam comprovar que o Leonino era uma lista encapotada ou, quiçá, um “partido político” dentro do Sporting. O nosso “track record”, bem como o facto de não dispormos de “grupos de apoio” a enaltecer as nossas publicações, é o maior atestado de isenção e independência da nossa ação. E assim continuaremos!
Diretor Leonino
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