Na quarta-feira só consegui assistir à segunda parte do jogo Man City vs Sporting CP da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. Estando ainda distante de casa aproveitei para dar um salto ao Núcleo de Alcântara. Em vez de ir para um Pub ou café, fui assistir ao jogo com leões genuínos. Qualquer sócio é bem recebido, há sempre muito para conversar e sentimo-nos em casa.

Quanto ao jogo gostei do que vi e o resultado foi bom. Rúben Amorim anteviu duas coisas. Caso a sua equipa fosse novamente goleada, os índices de confiança do plantel baixariam e seria pernicioso para o que resta da temporada. Para ele próprio seria profissionalmente negativo. O mercado inglês é apetecível para qualquer treinador de futebol e dificilmente uma equipa de topo aposta num técnico que, a este nível, concede sucessivas “cabazadas”. Ao contrário de Amesterdão, desta vez não inventou, jogando com os melhores à disposição. Posicionou a equipa num modelo mais defensivo, mais fechado, defendendo com isso o prestígio do Clube, mas também a sua reputação, e fez bem.

Aquela segunda parte mostrou-me que a equipa está organizada, foi consistente defensivamente, nunca perdendo o equilíbrio emocional.

Dois destaques. Um pela positiva e outro pela negativa. Marcus Edwards entrou muito bem, com personalidade, mostrou aquilo em que é bom e o diferencia. Para mim foi uma boa contratação de Rúben Amorim. Tem velocidade e técnica para vencer duelos no um contra um. Faltou-lhe um pouco de clarividência no último passe, mas o treinador vai fazê-lo evoluir. É uma aposta mais consistente do que o concorrente Nuno Santos que não arrisca um drible.

Pela negativa o inevitável Paulinho. Depois de receber uma assistência açucarada em que ficou cara a cara com o veteraníssimo e gordo terceiro guarda-redes do City, Scott Carson, foi incapaz de concretizar um golo que muito provavelmente seria o da vitória. Com um pouco mais de clarividência e classe teria marcado. A SAD investiu uma fortuna neste jogador que não responde nos momentos mais importantes. É pena porque, apesar do afastamento na eliminatória podíamos ter tido uma pequena alegria. Felizmente temos a opção Slimani que, enquanto ponta de lança, apesar da sua idade, oferece mais à equipa.

Fiquei satisfeito com o resultado de Manchester, desapontado com a eliminação, sobretudo por causa do primeiro jogo. Contrariamente ao que já li por aí não há desculpa para levar 5 em casa do Ajax e do City. Jogámos há poucos anos com equipas mais fortes do que estas e que depois foram campeões da Europa, como o Super Real Madrid de Cristiano Ronaldo. Nessa altura batemo-nos taco a taco, perdendo, e mal, por um golo de diferença.

A nossa equipa não é assim tão jovem e inexperiente como se apregoa e espero que, de ora em diante, se concentre em revalidar o título de campeão nacional e dar a volta na 2ª mão das meias-finais da Taça.

É isso que queremos. Força Sporting CP!