A pré-temporada 2021/2022 antevia o atual momento da classificação e o futuro que se avizinha. O campeão Sporting CP e o FC Porto são as equipas mais preparadas em termos de plantel e equipas técnicas. As respectivas estruturas de suporte são por sua vez, no meu entender, as mais experimentadas.

Concorde-se ou não, a queda, ainda no nosso tempo, do estratega Paulo Gonçalves do departamento de futebol do SL Benfica, foi um rude golpe no nosso adversário.

As movimentações que César Boaventura, em paralelo, fazia para a SAD do SL Benfica, a que a imprensa portuguesa deu ampla cobertura, também terminaram.  A recente detenção deste na sequência do processo “Malapata” e da do “todo poderoso” Luís Filipe Vieira, são momentos significativos do fim de uma era.

Recentemente assistimos ao afastamento de Carlos Janela e de Pedro Guerra promovido pelo novo presidente Rui Costa. É demonstrativo que o SL Benfica está a seguir outro caminho estratégico e comunicacional.

O técnico Jorge Jesus aparenta desgaste e como em tudo na vida sente-se ultrapassado nas metodologias de treino, nas opções tácticas e como condutor de homens. Tenho essa convicção desde o final da sua segunda temporada em Alvalade (2016/2017) e foi pena não ter saído nessa altura. Teria sido bom para o Sporting CP.

Sérgio Conceição e um super Rúben Amorim são bastante superiores na gestão emocional das suas equipas.

Identifico no futebol português um conjunto de diretores desportivos de comprovada capacidade que, por motivos óbvios, não vou assinalar. Mas os decisores dos clubes sabem quem eles são porque conhecem a sua experiência.

Foi por isso com um indisfarçável sorriso que assisti à contratação de Rui Pedro Brás pelo nosso rival da 2ª circular para diretor do futebol. É mais ou menos a mesma coisa que terem contratado esse grande vulto do comentário desportivo Rui Santos…

Terá sido uma enorme precipitação de Luís Filipe Viera e de Jorge Jesus. Comparar figuras como Antero Henrique, Luís Gonçalves e até Paulo Gonçalves com o ineficaz Brás só poderá levar a um desfecho. No final da época haverá uma distância pontual dos dois primeiros (Sporting CP e do FC Porto) face ao SL Benfica

O Sporting CP, apetrechado com a sua “estrutura invisível” ao nível da equipa principal, está bem. O rival SL Benfica, com um treinador, no meu entender, desatualizado e um diretor para o futebol inexperiente e pouco expedito, não será adversário à altura nos próximos tempos.

Um novo ciclo no futebol português em tons de verde começou a ser preparado em 2013 e está, como previsto, a dar frutos.

Para quem, como eu, é sócio do Sporting CP, ainda bem.