No dia de ontem, na capa de um dos semanários com maior relevo a nível nacional, vinha o destaque “Costa e Medina na Comissão de Honra de Luís Filipe Vieira”, ao entrarmos na notícia podemos verificar que o Gabinete daquele que é o Primeiro-Ministro deste país veio desde logo refutar a teoria de que Costa apoia o atual Presidente do SL Benfica como Primeiro Ministro. “Aceitou o convite na condição de adepto do clube em causa” dizem eles, e o mesmo se passa com Medina.

O mais ridículo disto tudo não é ter o Costa, o Medina, o Presidente da Câmara Municipal do Seixal e outros 500 nomes (onde estão incluídos muitos governantes e ex governantes deste país) na Comissão de Honra de Luís Filipe Vieira, o pior está no facto de ninguém, das mais altas instâncias deste país, não ver nada de anormal neste assunto.

É lógico que o Primeiro Ministro tem direito a ter clube, ele e o resto de todos os membros de qualquer instituição deste país, o que não pode acontecer é a falta de imparcialidade que tem existido desde que se soube da história toda dos vouchers, dos emails e das toupeiras, porque a verdade é que existiram crimes cometidos e quem de direito fechou os olhos.

Curioso é que quem fechou os olhos na altura onde deveria ter sido tomada uma decisão, faz agora parte da grande Comissão de Honra do atual Presidente do SL Benfica. São curiosidades a que assistimos todos os dias, ao vivo e a cores, e, para que não restem dúvidas, ainda existe o caso do Rui Pinto.

O hacker que descobriu tudo está agora a ser julgado por todos os crimes que cometeu ao aceder a informações que não deveria, mas os crimes que ele descobriu que outros cometeram, não foram julgados. Já dizia a minha avó “tão Ladrão é aquele que rouba a horta, como o que fica à porta”, menos quando falamos de futebol em Portugal. Menos quando falamos de um Presidente de um clube como o SL Benfica.

Tudo é demasiado curioso, tudo tem coincidências. Já todos sabemos que o futebol português tem muito a melhorar, tem muitos interesses implícitos, mas a parte mais engraçada, sem graça nenhuma, é que uns são filhos e, no que respeita ao Sporting CP , somos sempre enteados.