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O Sporting falhou a contratação de Jota Silva por um minuto. Adrien Silva, ex-capitão dos leões, teve um 'drama' de mercado semelhante, em 2017, altura em que se desvinculou do Clube de Alvalade para rumar ao Leicester, mas a transferência falhou por 14 segundos, deixando o jogador sem competir durante a primeira metade da temporada. Atualmente livre no mercado, o futebolista acredita que o avançado tem de "olhar em frente".

Adrien Silva: "Só tive oportunidade de poder jogar em janeiro, quando reabriram os mercados"

"Só tive oportunidade de poder jogar em janeiro, quando reabriram os mercados. O Jota, caso não saia para outro lado, pode ser utilizado pelo Nottinhgam e ter oportunidade de provar o seu valor", começou por dizer o médio, em declarações ao jornal A Bola.

Adrien aconselhou Jota Silva a "olhar em frente", uma vez que o avançado internacional português "não pode ficar agarrado ao passado e colocar outros objetivos em cima da mesa", uma vez que, na ótica do antigo jogador do Sporting "com a dedicação será recompensado".

Adrien Silva: "Jota Silva tinha a expectativa de regressar a Portugal para trabalhar com um treinador que conhece bem"

"Jota Silva tinha a expectativa de regressar a Portugal para trabalhar com um treinador que conhece bem, jogar mais do que tem jogado, mas por vezes, como diz o povo, ‘fecha-se uma porta mas abre-se uma janela'. Tem de olhar em frente. No meu caso foi pior porque só tive a oportunidade de jogar em janeiro", atirou.

Para finalizar, Adrien apontou à conquista do tricampeonato por parte do Sporting, depois de uma breve análise ao Clássico: "A equipa jogou bem, não houve grandes diferenças entre os os dois conjuntos e é preciso ter em atenção que o Porto subiu muito de nível. A Liga vai ser muito disputada. É sempre bom ter muitas opções para a frente de ataque para que a equipa possa ir rodando e tenha sempre alto nível energético. Mas julgo que o Sporting pode ir atrás do tri sem problema, apesar do impacto da saída de alguém como Gyokeres".

Nuno Santos irá regressar aos relvados no próximo mês. O ala do Sporting está a recuperar de uma grave lesão, após sofrer uma rotura do tendão rotuliano do joelho direito, a 26 de outubro de 2024 e entrou na reta final com esperança de voltar aos convocados de Rui Borges.

Depois da pausa de seleções, o Sporting regressa ao Campeonato Nacional diante do Famalicão, numa partida disputada a 13 de setembro. Nuno Santos ainda ficará fora das contas do técnico, numa deslocação de má memória, visto que foi precisamente no terreno dos minhotos que o canhoto se lesionou.

Apesar de o jogador já estar em fase bastante avançada, a estrutura verde e branca não irá correr qualquer risco e prefere aguardar algumas semanas. O objetivo será que Nuno Santos fique sensivelmente um ano fora de competição, visto ser a terceira lesão grave da carreira.

Segundo o jornal Record, os responsáveis leoninos acreditam que em outubro Nuno Santos voltará ao lote de convocados, mas com empo de jogo limitado e necessitado de recuperar ritmo competitivo. Assim sendo, a disputa pela titularidade só deverá acontecer em meados de dezembro.

Em 2024/25, até à lesão, com a camisola do Sporting, Nuno Santos – avaliado em 9 milhões de euros – levava 10 encontros: sete na Liga Portugal Betlic, dois na Liga dos Campeões e um na Taça de Portugal. Nos 606 minutos em que esteve dentro das quatro linhas, o atleta de 30 anos marcou um golo (Sturm Graz) e fez uma assistência (Portimonense).

O Sporting falhou a contratação de Jota Silva por um minuto de atraso. Tal como revelou o nosso Jornal num Exclusivo Leonino, Frederico Varandas culpa Evangelos Marinakis pela situação, mas aplaude o departamento jurídico dos verdes e brancos, explicando que o avançado era desejo de Rui Borges.

Frederico Varandas: "Jota Silva foi um jogador identificado pelo nosso treinador"

"Foi um jogador identificado pelo nosso treinador com o intuito de trazer maior profundidade ao plantel e esse pedido foi valorizado pela estrutura do Sporting. Decidimos que trazer o Jota era um dos objetivos e isso obviamente obrigava a um determinado esforço financeiro. O Jota teve inegociável praticamente todo o mercado pois eram pedidos cerca de 15 milhões de euros, a que nós, administração e treinador, dissemos não", confirmou à imprensa.

Os ingleses dificultaram as negociações, algo que foi explicado por Varandas: "O Nottingham recebeu uma proposta do Botafogo de 19M. Informámos o nosso treinador que esteve sempre a par do processo e não havia nada a fazer. Depois aconteceu que o Jota recusou essa proposta e já perto da meia-noite por volta das 11h20, 11h00 do último dia, finalmente aceitou um empréstimo mais ou menos nos nossos moldes, mas não dentro dos nossos valores. O Sporting cedeu, estamos a falar de uma coisa de 3 ou 4 minutos que não havia tempo, e aceitámos uma proposta de empréstimo de 4,5M, mais o salário de 2,5M, que seria 7 milhões de euros pelo empréstimo do jogador".

Frederico Varandas: "Era tecnicamente impossível (inscrever Jota Silva)"

"É tecnicamente impossível receber a documentação, preencher os impressos, assinar os contratos, digitalizar, pôr na plataforma em 15 minutos. Era tecnicamente impossível. Aliás, quando recebemos a documentação final às 11h45, as pessoas experientes do nosso departamento jurídico disseram ‘Presidente, isto não vai ser possível’ e eu disse ok, vamos tentar. Aconteceu que depois destas telenovelas tudo se fez em 16 minutos, uma coisa que nunca pensei", disse Varandas, elogiando a estrutura verde e branca.

Para terminar, Varandas picou os rivais e voltou a aplaudir a ação do Sporting: "Tenho que deixar aqui um agradecimento ao departamento jurídico pois nunca pensei, tal como muita gente já trabalhou em clubes, diretores desportivos, documentadores, que seria possível receber a documentação às 11h45, validar os contratos, assiná-los e digitalizá-los contratos. Era tecnicamente impossível. Tentámos mas não conseguimos o Jota. Estamos aqui desde 2018 e nunca conseguimos ser campeão do mercado. Nunca conseguimos! Nem em número de investimento, nem em número de jogadores, nem em número de jatos particulares, nem em número de aeroportos nem contratações secretas. Nunca conseguimos!".