TREINADOR QUE DERROTOU SPORTING NA LIGA EUROPA ATIRA A MATAR: "QUALIFICAÇÃO SERÁ DECIDIDA NO..."

João Pimpim acredita que o Sporting quer transferir Viktor Gyokeres na próxima janela de transferências. O jornalista escreve no jornal A Bola que as declarações de Frederico Varandas e Rúben Amorim deixam antever que os leões pretendem que o jogador sueco saia de Alvalade.

"A convicção é minha. Mas ela só existe à luz de palavras de outros. E não de quaisquer outros. O que me leva a ter a convicção de que, no Sporting, estão loucos por vender a sua mais valiosa pérola, a mais preciosa das suas pedras, o sueco Viktor Gyokeres, são declarações das principais figuras, do presidente Frederico Varandas ao treinador Rúben Amorim, passando pelo próprio avançado".

“Chamem-me louco a mim, se quiserem, mas… se temos um objeto valioso, o mais precioso de todos e queremos preservá-lo sem reservas, o que fazemos? Aproveitamos toda e qualquer oportunidade que temos para bradar aos sete ventos que o temos e que por determinado valor até prescindimos de ficar com ele, trocando-o de boa vontade pelos milhões publicitados? Ou guardamo-lo a sete chaves e ficamos bem caladinhos?”.

“Uma cláusula de 100 milhões e o ser batida depende do momento do jogador, da idade, se há mais do que um clube na luta por ele. Já vi jogadores inferiores a serem transferidos acima de 100 milhões e grandes jogadores abaixo dos 100 milhões", disse Varandas há uma semana no palco do Football Thinking”, rematou o jornalista.

Esta temporada, ao serviço do Sporting, Viktor Gyokeres – avaliado em 65 milhões de euros – foi utilizado em sete encontros (660 minutos), apontou nove golos e fez três assistências. O avançado tem contrato com os leões até junho de 2028 e uma cláusula de rescisão fixada nos 100 milhões de euros.

Hugo Leal deixou rasgados elogios a Rúben Amorim. O ex futebolista concedeu uma entrevista ao jornal A Bola a propósito do seu novo livro “Não é sobre futebol, estúpido” e, ao falar do treinador do Sporting, não tem dúvidas de que este vai estar nos grandes palcos num futuro próximo.

“Entre os tipos de comunicação, Rúben Amorim, na realidade, dá 10 a 0 a toda a gente pela perspetiva positiva com que vai abordando as coisas e este é o estilo de posicionamento que eu gostaria de ver no futebol. O Rúben não deixa de ser menos competitivo por isso. É o treinador campeão nacional e tem esta perspetiva de respeito pelos demais. Esse é o tipo de comunicação que eu gostaria de ver”, começou por dizer.

“O Rúben Amorim tem uma participação grande neste livro. É autor de uma crónica. Partilha o momento da sua formação, é delicioso duas ou três coisas que ele diz. É um contributo que traz uma mais-valia muito grande ao livro. E relativamente à surpresa, acho que a personalidade que ele tem, ele querer e gostar de fazer à sua maneira. Independentemente daquilo poder ser melhor ou pior, ele acredita, não vai em modas”, acrescentou o antigo médio do Benfica.

“E a proximidade com os jogadores, mais associado ao discurso positivo, é a fórmula para o sucesso. Com o pouco de sorte que possa ter, o Rúben Amorim vai ser um dos melhores treinadores do mundo, se não o é já, daqueles que melhor trabalho tem feito. Não me surpreende”, rematou o ex-jogador.

O emblema verde e branco volta a entrar em campo no próximo domingo, dia 22 de setembro, frente ao AVS, em jogo relativo à sexta jornada da Liga Portugal Betclic. O encontro diante da turma liderada por Vítor Campelos jogar-se-á às 20h30, no Estádio José Alvalade.

Glenn Stromberg, antigo jogador sueco que passou pelo Benfica, falou sobre o fenómeno Viktor Gyokeres e da sua ascensão desde que chegou ao Sporting. Nas suas declarações, o ex-futebolista referiu que já conhecia o 'camisola 9' de Rúben Amorim e que chegou a aconselhá-lo... à Atalanta.

“Já conhecia o Viktor de há alguns anos, não apenas de agora. Sempre estive convencido que poderia tornar-se um grande avançado, um jogador com destaque no futebol europeu pelas suas características e qualidades que apresenta. Gyokeres é um jogador que está muito ativo durante todo o jogo, é muito rápido, forte fisicamente e gosta de ir direto em direção da baliza. Há jogadores que por vezes contemporizam, procuram a finta, mas gosto muito do Gyokeres porque ele vai logo atacar em busca do golo com grande verticalidade. Toma boas decisões também...”, começou por dizer, em declarações ao jornal O Jogo.

“No passado, cheguei a falar com alguns amigos da Atalanta a avisá-los para a qualidade de Gyokeres, disse-lhes que era um jogador de grande futuro e para estarem atentos. Agora já é tarde... Teria sido uma pechincha, mas já se tornou muito caro", revelou ainda, continuando no tema do preço do internacional sueco, que os leões só aceitam vender por 100 milhões de euros.

“Nunca se pode ter a certeza, sobretudo com valores dessa grandeza. Não digo que seja impossível, mas é uma verba só ao alcance dos grandes clubes das grandes ligas europeias. Certamente ele tem muitos interessados, mas será preciso que um desses clubes sinta a necessidade de ter um avançado que possa marcar muitos golos e acredite que o Gyokeres pode ser esse jogador. O facto de ele jogar numa liga como a portuguesa, que não está entre as cinco principais, pode colocar algumas dúvidas aos treinadores sobre se ele será capaz de replicar os números do Sporting num campeonato de nível superior, onde existem mais equipas fortes e melhores jogadores”, reforçou o agora comentador desportivo.

Esta temporada, ao serviço do Sporting, Viktor Gyokeres – avaliado em 65 milhões de euros – foi utilizado em sete encontros (660 minutos), apontou nove golos e fez três assistências. O avançado tem contrato com os leões até junho de 2028 e uma cláusula de rescisão fixada nos 100 milhões de euros.

Inicialmente, o Sporting pagou 20 milhões, mais 4 por objetivos e custos de intermediação, por Viktor Gyokeres. Contas feitas, ao dia de hoje, o ponta de lança já terá custado 27,8 milhões de euros aos cofres leoninos, com a SAD a garantir recentemente 90% da mais-valia de uma futura transferência do internacional pela seleção da Suécia, com os restantes 10% a pertencerem ao Coventry.