Não se augurava uma jornada 31 fácil para o Sporting, onde disputaríamos um jogo no Bessa, estádio historicamente adverso. Com efeito, na passada quinta-feira, o Sporting foi afastado da final da Taça de Portugal, pelo FC Porto. De forma cinzenta, sem rasgo nem arreganho, num jogo em que a equipa leonina precisava de demonstrar carácter e ambição para chegar ao Jamor. Ruben Amorim voltava a estar mal na condução do jogo, a partir no banco, somando assim duas derrotas consecutivas, com dois rivais diretos. No entanto, parte da “estrelinha” reapareceu, evitando que o Sporting entrasse numa espiral negativa de resultados. O Benfica, desta vez a ter que assumir o jogo, não conseguiu ir além dum empate, na Luz, frente ao Famalicão, tirando pressão na “ameaça” ao segundo lugar, que dá acesso direto à Champions League. Por seu lado, o Porto perdeu ontem em Braga, poupando o Sporting á pressão de ter de vencer, para evitar a “humilhação” de entregar o campeonato ao Porto, em plena cidade Invicta.
Assim, a nossa equipa entrou descontraída no jogo com os axadrezados. Num jogo pouco interessante na primeira parte, Matheus Nunes deu vantagem ao minuto 37. Num desafio em que o Sporting não dispunha de pontas de lança, a balança pendeu, definitivamente, para o lado leonino, ao minuto 58, quando a “estrelinha” acompanhou o centro de Edwards, fazendo com que Abascal, num lance caricato, acabasse a ser sancionado com um autogolo. A partir dai, o Sporting soltou-se completamente e Tabata, que rendeu Pedro Gonçalves, fechou o marcador aos 83 minutos, de penalty, numa falta ganha por si. Contas feitas, o Sporting ficou de novo a seis pontos do Porto e necessita apenas de mais um ponto para segurar o segundo lugar, na classificação final.
Se a ressaca duma derrota num derby, com o Benfica, deixa sempre mossas, o “folhetim” que Ruben Amorim promoveu sobre Slimani, após a eliminação da Taça, dominou as conversas entre Sportinguistas. O que leva Amorim a expor publicamente um atleta, pela segunda vez, é que é deveras intrigante, quando sempre se preconizou que o balneário é para ser blindado. Pelas declarações do treinador, eventualmente o que fica é um recado velado á estrutura sobre a política de contratações e quem manda nelas, onde Slimani foi usado para disputar essa luta de poder. Não obstante o facto de todos saberem que, quando contrataram o argelino de 33 anos, no mercado de inverno, a um mês das eleições, não estavam propriamente perante um menino de coro… Como nota final, convém lembrar a Ruben Amorim que, como treinador do Sporting Clube de Portugal, não pode vir dizer que “há coisas mais importantes que eliminatórias e títulos” (1). A ele, treinador, cabe-lhe apenas focar-se em alcançar resultados, tal como fez brilhantemente na época passada, enriquecendo o seu palmarés pessoal, bem como o do Clube.
Nas modalidades de pavilhão, continua o enguiço com o Benfica. No sábado, no pavilhão João Rocha, o Andebol do Sporting não conseguiu vencer os rivais, empatando a 32, pondo a liderança do campeonato em risco, caso o Porto ganhe hoje a Sanjoanense (2). No primeiro jogo do play-off para apuramento do campeão em Voleibol, também em casa, o Sporting foi derrotado pelo Benfica por 0-3 (3). Coerente com o parágrafo anterior, num clube como o Sporting Clube de Portugal, títulos e o constante aumento do palmarés tem de ser o foco do Clube. Tanto pelo que se passou no futebol, bem como o que está a passar nas modalidades, é necessário alguém da Direção, órgão eleito pelos Sócios, a quem cabe definir a condução do Clube, vir dar um sinal de alento e de inconformismo, de forma que possamos alcançar êxitos desportivos.
Diretor Leonino
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