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UM REINO EM PAZ
Que se aproveite para tentar unir minimamente o clube e sensibilizar todos para a necessidade de cerrar fileiras e defender o Sporting CP, ao invés de fomentar guerras internas desnecessárias.
13 Dez 2020, 22:03

Desde que Frederico Varandas entrou para a presidência do Sporting, poucos foram os momentos de união e paz no seio da família Sportinguista. Esta divisão, que reinava no Sporting Clube de Portugal foi acentuada – gravemente acentuada – por algumas decisões duvidosas, que a direção do nosso clube nunca conseguiu explicar de forma séria e adequada. Política de contratações desajustada, vendas de jogadores por valores absurdos, guerra aberta com as claques e uma relação altamente duvidosa com Jorge Mendes.

A atual direção tinha tudo para começar bem, mas foi cometendo variadíssimos erros de principiante e virou contra si até aqueles que em si votaram. Teve a condescendência pós acontecimentos de Alcochete – na altura muito recentes- e, devido a isso, uma massa associativa mais tolerante do que com outros dirigentes. Essa tolerância acabou. Já não vale a pena falar de invasões ou colchões na Academia. Não há espaço para mais discursos frouxos e comunicação deficiente. Sorte ou não, parece que o bom momento agora vivido para os lados de Alvalade veio dar um novo fôlego a este Conselho Diretivo. Os holofotes viraram-se, finalmente, para o lugar correto: para a equipa, para as exibições em campo e para a necessidade de defender, de forma intransigente, os superiores interesses do Sporting. Simultaneamente, Frederico Varandas tem aparecido pouco, mas bem, devidamente protegido pelo Diretor de Comunicação, Miguel Braga, que tem feito o que lhe compete, inclusive quando Francisco J. Marques passa por crises de memória.

A manifestação de apoio e a mobilização de adeptos da passada sexta-feira, antecedendo o jogo com o Paços de Ferreira, são um claro sinal de que se respira um ar diferente em Alvalade, acelerado, talvez, pela miserável arbitragem de Luís Godinho no passado fim-de-semana. Deixo, aliás, uma nota relativamente a este tema, na esperança de que a capacidade de “encaixe” seja diferente de 2015/2016: os jogadores têm de ter a maturidade para gerir corretamente a boa pressão destas iniciativas dos nossos adeptos, que estão ávidos por vitórias e títulos. Que se lembrem, sempre, de que vestem a camisola de um clube centenário, o maior e melhor de Portugal. A pressão, os estádios cheios e as receções deste estilo devem ser sempre um fator extra de motivação e não de medo – que considero ter dominado os jogadores do Sporting no fatídico jogo com o Benfica, no dia 5 de Março 2016.

Regressando ao Presidente Frederico Varandas e terminando este artigo, resta-me deixar um conselho: raramente o comboio passa duas vezes. Neste caso, com um clube outrora fraturado e fora dos eixos, a nossa direção foi “abençoada” com um treinador e equipa de futebol a superar expetativas. Que se aproveite para, de uma vez por todas, tentar unir minimamente o clube e sensibilizar todos para a necessidade de cerrar fileiras e defender o Sporting Clube de Portugal, ao invés de fomentar guerras internas desnecessárias e tomar decisões que lesam o clube.

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