Afinal, Sporting ainda pode receber mais que o previsto pela ida de Amorim para o United

O nome de Joan García tem vindo a ganhar força nos bastidores do mercado europeu. O guardião espanhol de 24 anos, atualmente ao serviço do Espanhol, tornou-se numa das figuras da temporada graças às 138 intervenções na LaLiga, que o colocam no radar de Ruben Amorim, antigo treinador do Sporting.

O Manchester United tem o guardião bem referenciado, mas o Arsenal volt à carga após uma tentativa falhada no último verão. De acordo com o diário AS, os gunners estão agora em conversações avançadas com o Espanhol e pretendem assegurar o jogador antes que outros concorrentes entrem de forma mais agressiva na corrida.

A lista de interessados não fica por aqui. Tottenham, Manchester City, PSG, Bayer Leverkusen, Real Madrid, Atlético Madrid e até o Barcelona acompanham a situação, mas a urgência financeira do clube catalão pode acelerar um desfecho. O Espanhol precisa de realizar uma venda significativa até 30 de junho, sob pena de entrar em incumprimento financeiro no exercício 2024/25. Joan García é, neste momento, o ativo mais valioso do plantel.

A cláusula de rescisão está fixada nos 25 milhões de euros, mas poderá subir para 30M se o jogador for convocado para a seleção espanhola na meia-final da Liga das Nações, frente à Alemanha. Contudo, a saída poderá ser negociada, visto a urgência do emblema da cidade de Barcelona em realizar um encaixe financeiro.

O antigo treinador do Sporting, que está a viver uma das fases mais difíceis da sua carreira em Inglaterra, vê a final da Liga da Europa, como uma oportunidade para salvar a temporada. A final frente ao Tottenham está marcada para dia 21 de maio, às 20h00 em San Mamés, estádio do Athletic Bilbao.

A saída de Viktor Gyokeres do Sporting, no próximo mercado de verão, é uma forte possibilidade. O Arsenal está muito empenhado na contratação do goleador internacional sueco e até já definiu os termos da proposta que vai apresentar ao Clube de Alvalade e ao atleta. O jornalista Hugo do Carmo considera que a transferência do avançado é “previsível” e fala sobre a sua eventual integração nos londrinos.

“Parece-me inevitável. É um jogador a mais para o futebol português. Teve um impacto tremendo, na época passada, e levou o Sporting à conquista do título, além de ter sido Bola de Prata [melhor marcador do campeonato]. Este ano, temos o Sporting também na primeira posição. [Gyokeres] também tem a Bola de Prata já assegurada, com 38 golos. É um jogador tremendo. E, por isso, é previsível que saia no final da época. O Sporting não vai ter condições para manter o Gyokeres mais uma época”, disse, em declarações n'A Bola TV.

"Arsenal parece-me boa aposta para Gyokeres"

O jornalista comentou também a possibilidade de Gyokeres rumar aos gunners: “Se realmente se confirmar o Arsenal, parece-me uma boa aposta para o jogador e, principalmente, para o Arsenal. Mikel Arteta tem insistido muito na contratação de um avançado. Eles têm aquele sistema decalcado do futebol espanhol, um bocadinho ‘tiki-taka’ do Barcelona, uma ideia de Pep Guardiola. Mas até o próprio Guardiola, há dois anos, mudou e optou por contratar o Haaland, para mudar o registo do futebol associativo da equipa”.

“No caso do Arsenal, acho que Gyokeres pode ser um elemento decisivo para desbloquear muitos jogos. Não para mudar o estilo de futebol associativo da equipa, mas para, de um momento para o outro, aparecer e fazer a diferença”, aponta o Hugo do Carmo.

"Gyokeres tem sempre um, dois, três ou até quatro defesas a vigiá-lo"

A terminar, o especialista abordou o facto de Gyokeres não ter conseguido marcar nos últimos dois jogos dos leões, frente a Gil Vicente e Benfica, garantindo que “um jogador também joga o que o adversário deixa jogar. Os últimos adversários do Sporting, basicamente, não têm deixado Gyokeres jogar". No entanto, destaca que o nórdico "é um jogador que tem sempre um, dois, três ou até quatro defesas a vigiá-lo, como chegámos a assistir no jogo frente ao Gil Vicente”.

O Sporting entrou na reta final do campeonato com a ambição máxima de conquistar o título e, para Luís Rocha Rodrigues, há um nome que explica muito da consistência leonina neste período decisivo: Rui Silva, guardião contratado ao Bétis e que ainda irá custar uns bons milhões de euros aos leões.

No podcast Ataque Rápido, do Zerozero, o comentador garantiu que o guardião "é, se calhar, a grande chave no pós Amorim para o Sporting estar homogéneo na luta pelo título", começou por explicar, sublinhando que o Clube apresentava um problema evidente: "Havia um grande défice na baliza."

"Não estou a dizer que não havia qualidade. Kovacevic foi um tiro completamente mal dado. O Franco Israel mostrou que nem sempre era seguro", afirmou, garantindo ser nesse contexto que surgiu uma aposta considerada certeira no internacional português.

"Rui Silva foi uma cartada brutal"

"Acho que a chegada do Rui Silva foi uma cartada brutal por parte do Sporting para poder estar mais homogéneo num plantel que teve as baixas que todos sabemos", destacou. Para Luís Rocha Rodrigues, o reforço trouxe tranquilidade à equipa: "Transmitiu muito mais segurança do que o Sporting tinha até aqui. Mesmo nas saídas a cruzamentos, na forma como muitas vezes fechou os caminhos. Acho que é alguém que se deve realçar o seu papel", terminou o especialista.

O Sporting recebe o Vitória de Guimarães em Alvalade, no sábado (17 de maio) às 18h00, naquele que será o último jogo da Liga Portugal Betclic. A formação orientada por Rui Borges mantém vantagem no confronto direto com o Benfica e procura vencer os minhotos para assegurar o bicampeonato.