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Há precisamente 89 anos, no dia 12 de fevereiro de 1936, o Sporting bateu o Benfica, por 4-1, e conquistou o seu 10.º Campeonato de Lisboa e o terceiro de forma consecutiva. Neste dia, recordamos o triunfo do Clube de Alvalade no dérbi eterno, numa partida em que Francisco Ferreira Lopes esteve em destaque, ao apontar dois golos.

Aos 28 minutos, Manuel Soeiro abriu o marcador, sendo que Francisco Ferreira Lopes (66' e 90') e Rui Carneiro (79') apontaram os tentos seguintes dos verdes e brancos. Pelo meio, os encarnados ainda reduziram por intermédio de Vítor Silva, aos 70 minutos, mas a superioridade leonina foi evidente até ao apito final.

Na fase regular da prova, Sporting e Benfica haviam terminado empatados, com 26 pontos ao cabo de 10 encontros (oito vitórias e duas derrotas). Os leões perderam os dois jogos com as águias (2-1, em casa, e 4-0, fora), enquanto o clube da Luz somou derrotas diante do União de Lisboa (3-1, fora de portas) e Belenenses (3-2, em casa).

O Campeonato de Lisboa contou, ao todo, com 41 edições, que se realizaram entre a temporada 1906/07 e 1946/47. Apesar do primeiro triunfo do Sporting na prova ter surgido apenas na nona edição da competição, em 1914/15, os verdes e brancos são o emblema que mais vezes venceu a prova, registando 18 títulos.

Contas feitas, e tendo em conta que o Sporting participou em 40 edições do Campeonato de Lisboa, o Clube de Alvalade venceu quase 50% dos troféus desta prova. O Benfica surge no segundo lugar, com 10 triunfos, seguido pelo Belenenses, com seis, o Carcavelos, com três, e o Vitória de Setúbal, com dois, o CIF, com um, e o Casa Pia, com um.

A equipa de futebol feminino do Sporting venceu, esta quarta feira, dia 12 de fevereiro, o Damaiense, por 2-1, em jogo a contar para as meias finais da Taça da Liga. Esta vitória importante chegou depois do desaire da equipa verde e branca, na última jornada do campeonato, frente ao Torreense, por 2-1.

No duelo disputado no Campo Engenheiro Carlos Salema, casa das rivais, a partida começou equilibrada. Muita solidez defensiva de ambas as partes, com a possa de bola e as ocisões perigosas a dividirem-se quase ao meio. Acabou por ser o Damaiense a chegar à vantagem, à passagem do minuto 27, por Gonçalves. O jogo chegou ao descanso com essa vantagem caseira por 1-0.

Nos segundos 45 minutos, o Sporting carregou à procura do golo que permitisse, pelo menos, empurrar o jogo para prolongamento. Brittany Raphino, que já é um dos destaques da época, conseguiu esse golo para as leoas aos 80 minutos, depois de Hernandez. Já depois do minuto 90, quando tudo indicava que o encontro ia precisar de mais tempo para ficar decidido, Raphino bisou, com passe de Cláudia Neto, e carimbou a reviravolta no marcador. Pouco depois, a partida terminou, com 2-1 para as verdes e brancas.

Com esta vitória nas meias finais da Taça da Liga, as agora comandadas por Micael Sequeira conseguem o apuramento para a final da competição. Lá, vão encontrar Benfica ou Torreense, equipas que disputam a outra meia final da prova, esta quarta feira, dia 12 de fevereiro, pelas 15h00.

O Sporting volta a entrar em campo no próximo sábado, dia 15 de fevereiro, frente à formação do Marítimo. O encontro, válido para a meia final da Taça de Portugal, tem pontapé de saída marcado para as 11h00, no Estádio Aurélio Pereira, a casa das leoas. 

Vítor Pinto, subdiretor do jornal 'A Bola', aproveitou o seu espaço de opinião 'Record na Hora', no Now, para abordar o assunto do momento no Sporting: a lesão de Viktor Gyokeres, que tem condicionado o avançado sueco. O jornalista português já tinha falado, anteriormente, de Rui Borges.

"Fiz um exercício jornalístico muito complexo, que foi entrar em Sporting.pt e colocar na busca do site a frase 'boletim clínico'. Passo a ler o que aparece: 'Leoas preparam jogo'... Outra notícia sobre o futebol feminino... Depois está aqui sobre o Franco Israel em maio... Depois escrevo 'Boletim clínico Gyokeres', e o resultado foi este: 'a procura não gerou resultados'", começou por dizer.

Prosseguiu, com a mesma ideia: "O Sporting institucionalmente... e o Rui Borges diz isso: 'o Clube tem departamentos altamente profissionalizados'. Eu acho que para explicar isto melhor, só se fosse com uma flipchart, e começasse a desenhar - para explicar que há situações em que há transversalidade entre os departamentos", atirou, em defesa do treinador português.

Complementou, depois, esta ideia: "Eu não creio que o Rui Borges esteja a esconder nada. Assume uma postura coletiva. A partir daqui, percebe-se que o Sporting, institucionalmente, segue uma politica de não revelação do seu boletim clínico. Os jornalistas fazem o seu trabalho, e muito bem, mas não é porque ninguém planta noticias. Os nossos jornalistas furam as barreiras de informação, e depois parece que os clubes comunicam", atirou, antes de deixar alguns recados.

"É por estas e por outras que o trabalho dos jornalistas é desvalorizado. São os jornalistas que permitem que as informações fidedignas cheguem ao espaço público. E aqui está provado, com o site do Sporting - alias, nem há menção à operação do Gyokeres no final da ultima época. Mas o treinador, que é o comunicador mais exposto, de facto, em muitos momentos, por ter de assumir as decisões do coletivo, fica numa posição incómoda. Até porque já foi um treinador despedido esta época, e de certeza que não foi ninguém despedido do departamento de alta performance", rematou Vítor Pinto.