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Hóquei em patins
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Ângelo Girão vai despedir-se do Sporting no final da temporada 2023/24, sendo que a época que se avizinha será a sua última a defender as redes da baliza da equipa de hóquei em patins dos leões, tal como o Leonino avançou, em exclusivo, no passado dia 28 de junho.
Em entrevista ao Zerozero, o internacional português adiantou-se sobre aquele que será o final de um ciclo para si, ao fim de onze temporadas no Clube de Alvalade. De resto, o guardião falou ainda sobre a sua postura no rinque, por vezes bastante criticada.
"Durante muito tempo foi defendido, havia uma estrutura onde me sentia acarinhado e sabia que aquilo que eu fazia era corroborado tanto por adeptos, como pelo clube. Agora, eu não mudei, mas o clube mudou. Está no bom caminho, pois tem ganho no futebol, está completamente recuperado, temos todas as condições para ganhar, não nos falta nada... Eu mantive-me igual e fiel ao que sempre fui. Dentro de um Mundo tão monopolizado pelo Porto e pelo Benfica, com estruturas de tantos anos e plantéis muito fortes, há dias em que temos de fazer mais alguma coisa para ganhar e se não estivermos todos alinhados para o mesmo, ficamos sozinhos. Muitos adeptos apontam o dedo à minha postura e eu tenho de fazer um mea-culpa: há dias em que excedo, mas isso tem um contexto, não me excedo do nada. Se sentir que há dualidade de critérios e que estamos a ser prejudicados...", começou por explicar.
"Com a minha maneira de ser, a minha maneira de jogar, conseguimos algumas coisas. Ajudei a equipa a conseguir algumas coisas e quero manter-me fiel a isso. Independentemente de se vou embora ou não, vou manter-me fiel à minha ideia de ganhar. Quer tu faças alguma coisa, quer não faças, vão sempre criticar, falar mal de ti, inventar histórias, mas estou bem calejado disso. O carinho que recebo na rua é gigante. Fui à festa do título e saí de lá de coração cheio, pois os adeptos têm sido muito bons para comigo. Eu entreguei-me a esta casa a 100%, é a lei da vida, é natural, a renovação é perfeitamente natural", atirou.
Na temporada 2023/24, o guardião voltou a ter um papel fulcral na equipa de hóquei dos leões, tendo realizado o total de 48 partidas: 10 na Liga dos Campeões, 31 no Campeonato Placard, quatro na Taça de Portugal e três na Elite Cup.
Ângelo Girão chegou ao Sporting em 2014, oriundo do Valongo. Desde então, o guardião realizou 360 encontros e conquistou três Ligas dos Campeões (2018/19, 2020/21 e 2023/24), duas Taças Continentais (2019/20 e 2021/22), uma Taça CERS (2014/15), dois Campeonatos Nacionais (2017/18 e 2020/21) e uma Supertaça (2015).
Depois de ser despedido pelo Presidente Frederico Varandas, figura que deixou saudades em Alvalade está prestes a reforçar azuis e brancos
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Paulo Freitas vai ser o próximo treinador da equipa de hóquei em patins do Porto. O técnico de 57 anos, que passou cinco temporadas e meia ao serviço do Sporting, tem estado em negociações com André Villas-Boas e já terá chegado a acordo para rumar ao Dragão.
Segundo informações avançadas pelo portal Zerozero, a direção do Porto escolheu o antigo técnico do Sporting para ser o sucessor de Ricardo Ares que, ao que tudo indica, irá desempenhar funções no Barcelona a partir da próxima temporada desportiva.
Além de Paulo Freitas, outros nomes que estiveram em cima da mesa dos dirigentes azuis e brancos para comandar a equipa de hóquei em patins foram os de Rui Neto (Óquei de Barcelos) e Nuno Lopes (Tomar). No entanto, a escolha recaiu no atual Selecionador Nacional.
Vale a pena recordar que o treinador de 57 anos já tem uma ligação pré-existente com o Porto, que vem desde os seus tempos dentro do rinque. Enquanto jogador, Paulo Freitas representou o emblema do Norte do país entre 1985/86 a 1990/91, tendo nova passagem mais tarde, em 1999/00.
O técnico esteve no Sporting durante cinco temporadas e meia – entre 2016 e 2022 – e conquistou vários títulos. Como treinador da equipa de hóquei em patins dos leões, Paulo Freitas realizou 194 jogos, contabilizando 143 vitórias (73,7%). O técnico venceu seis troféus: duas Ligas dos Campeões (2018/19 e 2020/21), duas Taças Continentais (2019 e 2021) e dois Campeonatos Nacionais (2017/18 e 2020/21).
Nome histórico do Clube de Alvalade retirou-se recentemente e passou em revista a sua passagem pelo emblema verde e branco
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Ângelo Girão terminou a carreira de guarda-redes de hóquei em patins, no final da temporada 2024/25. O ex-atleta do Sporting - que já explicou os motivos da retirada - faz um balanço muito positivo do seu percurso e destaca a subida "a pulso" no Clube de Alvalade, que representou entre 2014 e 2025.
Ângelo Girão: "Sinto que fiz uma excelente carreira"
“Não quero parecer falso humilde, mas sinto que fiz uma excelente carreira. Sinto que podia ter ganho muito mais do que ganhei […]. Acho que é injusto dizer que sou o melhor de sempre, para tantos guarda-redes e grandes nomes ligados a esta modalidade. Tenho um orgulho gigante no que fiz e no que consegui inspirar os outros a fazer”, começou por referir Ângelo Girão, numa entrevista à agência Lusa.
Sobre a passagem de 11 épocas pelo Clube de Alvalade, o ex-guardião afirma que deu “tudo para levar o Sporting ao topo”, apesar de alguns problemas: “Foi muito a pulso e com muitas guerras à mistura, das quais não me orgulho e que, se calhar, não deviam ter sido responsabilidade do capitão assumi-las, mas senti isto como se fosse uma coisa minha, pessoal, e um objetivo de vida, em termos desportivos. Queria bastante devolver o Sporting ao sítio que está e sinto que consegui”.
Ângelo Girão: "Queria bastante devolver o Sporting ao sítio que está e sinto que consegui"
Ângelo Girão lamenta ainda que a sua despedida tenha ficado marcada pela derrota frente ao Porto, nas meias-finais do campeonato de hóquei em patins: “Se houve anos em que éramos inferiores e ganhámos ao Porto, que praticava um hóquei mais bonito e acutilante, este ano sentíamos que éramos superiores. Fomos melhores durante esta eliminatória e custa-nos, mas sou perfeitamente consciente de que o desporto é assim”.
A terminar, Ângelo Girão reconhece que teve alguns comportamentos menos positivos, apesar de nunca ter faltado empenho: “Por vezes, com algum - e quando digo algum é muito – exagero da minha parte em algumas atitudes menos boas que tive, mas entreguei tudo de mim, em todos os momentos e em todos os sítios por onde passei. Nenhum clube que representei, alguma comitiva de seleção, alguém que se cruzou comigo no balneário, me pode apontar falta de entrega ou de compromisso”.
Numa prova que envolve os melhores emblemas do globo, Clube de Alvalade assume papel como um dos principais candidatos ao torneio
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O Sporting ficou a conhecer os seus adversários para o Mundial de Clubes 2025 de hóquei em patins. A prova irá decorrer entre os dias 1 e 5 de outubro em San Juán, na Argentina. Esta será a primeira competição sem o contributo de Ângelo Girão, que já se despediu dos Adeptos Sportinguistas.
Na nova prova de clubes do hóquei patinado, a equipa orientada por Edo Bosch fará parte do Grupo A, juntamente com a formação do Barcelona (os atuais campeões do torneio em questão), o Andes Talleres, da Argentina, e o Olímpia, outro emblema do mesmo país sul-americano.
Não são só os leões a representar Portugal nesta competição. Para além do Clube Alvalade, o Óquei de Barcelos (campeão europeu em título) também está em prova, com o San Jorge do Chile, os argentinos do Centro Valenciano e os australianos do Melbourne, no grupo B.
Esta prova, que chega para substituir a Taça Intercontinental, tem a duração de cinco dias e será realizada no mítico pavilhão do hóquei em patins mundial, Aldo Catani. Com dois grupos em prova, os dois primeiros de cada irão avançar para as meias-finais da competição.
Vale a pena recordar que esta será a primeira prova em 10 anos, em que o Sporting não terá a contribuição de Ângelo Girão na sua baliza. O recém retirado guarda-redes já teve oportunidade de explicar por palavras o seu amor pelo Clube: “Ficava com mágoa se eu não tivesse dado tudo dentro do rinque, se eu não tivesse lutado pelo Sporting como lutei, se eu não tivesse entregado tudo. A partir do momento em que eu faço isso, saio de consciência tranquila e sem ressentimentos”.
Recorde, aqui, uma das maiores conquistas da história do Sporting, em 2024: