Exclusivo Leonino - Sporting vende prodígio da formação mas Varandas toma medida a pensar no futuro

O Sporting deslocou-se ao terreno do Boavista a saber que o Benfica tinha vencido o AVS e, consequentemente, qualquer resultado que não fosse a vitória tiraria os leões do primeiro lugar. Viktor Gyokeres foi herói, ao fazer um póker na vitória por 5-0.

O encontro começou com os verdes e brancos cientes de que era importante chegar cedo ao golo. Francisco Trincão ameaçou a baliza axadrezada, mas Tomás Vaclík defendeu. O primeiro do encontro surgiu aos 6', por Viktor Gyokeres, após insistência de Maxi Araújo.

O sueco, com um pontapé de bicicleta - que lamentou não ter marcado - esteve perto do segundo (12'), que viria a conseguir na compensação da primeira parte. Os 45 minutos iniciais foram de domínio total, apesar de o adversário ter atirado uma bola à barra, na sequência de um canto.

Regressados dos balneários, os leões iniciaram o segundo tempo com uma substituição. Geovany Quenda rendeu Pedro Gonçalves, titular no campeonato pela primeira vez em mais de cinco meses. Pouco tempo depois, Gyokeres, numa correria que já é conhecida, apontava o hat-trick (50').

O sueco não desistiu e esteve perto do póker. Vaclík defendeu e a bola sobrou para Maxi Araújo que, de cabeça, encostou na recarga ao remate do 'camisola 9', aos 56 minutos. O quarto golo do matador leonino viria a acontecer já em tempo de compensação, numa joga altruísta de Conrad Harder.

Veja o resumo do encontro:

Viktor Gyokeres fez um póker na goleada do Sporting ao Boavista (5-0) - veja AQUI os golos. Após o apito final, Rui Borges admitiu que o 'camisola 9' dos verdes e brancos não tem concorrente no futebol europeu, sendo, atualmente, o melhor na sua posição.

"Desde que está a 100%, tem dado uma resposta incrível. Não há adjetivos para ele. As pessoas acham que digo isto por ser nosso avançado, mas é o melhor avançado da Europa. Não dá para descrever o que dá à equipa e o que a equipa lhe dá, e no último golo é bem explícito", disse o técnico.

Rui Borges elogiou Conrad Harder, admitindo que o jovem "decidiu bem" ao dar a bola a Gyokeres e que o sueco "sabe que a equipa também o ajuda, mas na individualidade, mais do que os golos, gosto de olhar e de o sentir ligado a todos os comportamentos, ofensivos e defensivos", admitiu.

"Na primeira parte tentou anular também a saída do Boavista, ou a ligação dessa primeira etapa. Muito bom para mim enquanto treinador senti-lo sempre ligado", afirmou o treinador do Sporting, antes de abordar a questão de Ousmane Diomande ter visto o quinto amarelo, falhando a receção ao Gil Vicente.

"Faz parte... Tínhamos dois 'à bica' (Diomande e Matheus Reis), jogaremos com onze e seremos fortes. Acredito que o ambiente de hoje voltará em Alvalade, precisamos desse apoio. Entraremos fortes e continuaremos a ser a mesma equipa", terminou Rui Borges, mostrando-se satisfeito.

Pedro Gonçalves voltou à titularidade no campeonato, mais de cinco meses depois da última ocasião. No final do Boavista - Sporting (veja AQUI os cinco golos), Rui Borges revelou que a substituição ao intervalo já estava planeada, visto que o 'camisola 8' está agora a voltar ao ativo.

"Sim, era algo que também estava um bocadinho definido. O Pote tinha feito 45 minutos, não teve uma semana normal para recuperar. Foram 45 minutos bons dos dois. O importante é sentir que todos estão ligados e é isso que os torna incríveis. É aí que se nota o tal ambiente de que falo e isso sente-se entre todos. O acreditar de todos, juntamente com os adeptos. E é isso que queremos. Queremos desafiar-nos a nós próprios para sermos cada vez melhores", disse o treinador verde e branco.

Rui Borges admitiu ter sido "um jogo onde não há contestação", mas que os leões podiam "ter feito muitos golos". "Fizemos cinco, o Viktor fez quatro, mas tem umas sete, oito ou nove oportunidades. Do início ao fim era importante estarmos concentrados, o Boavista cria perigo na primeira bola parada apesar de estarmos preparados para isso. Fomos conseguindo anular as transições. Controlámos o jogo. A equipa esteve ligada do início ao fim com uma energia fantástica", atirou.

"Faltam adjetivos para estes jogadores, tenho dito isso. Quando nos rodeamos de gente que acredita em nós, nós clube, nós jogadores, nós grupo, nós adeptos... Quando há esse ambiente, de viver o Clube, torna-se fácil e desafios tornam-se conquistas. O ambiente foi incrível e está incrível entre todos porque acreditamos uns nos outros. O ambiente foi fantástico e acredito muito que fará toda a diferença no final da época", admitiu Rui Borges.

Sobre a luta pelo título, que se poderá resolver na diferença de golos, o treinador do Sporting não escondeu: "Não estou muito preocupado com isso. Interessa-me ganhar e fazer o nosso papel. Se o fizermos, seremos campeões. É esse o objetivo. Pensar agora no Gil Vicente, queremos ganhar e é esse o nosso único foco".