Regresso de Pote às contas do Sporting está confirmado, mas há um grande senão

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) decidiu suspender a pena de interdição parcial do Estádio José Alvalade ao analisar o recurso apresentado pelo Sporting na consequência de uma queixa do Porto após o Clássico, disputado a 30 de agosto. A entidade considerou "procedente o pedido cautelar" e decretou que o setor A17 não será fechado para já.

Assim sendo, enquanto não for conhecida a decisão principal e final do projeto em questão, nada acabará por acontecer. A participação do Porto diz respeito ao arremesso de objetos para o relvado aquando dos festejos dos jogadores rivais, como isqueiros.

Na decisão inicial, o Conselho de Disciplina da FPF considerou provado o facto de “no decurso da segunda parte do jogo, por volta do minuto 61 do tempo regulamentar”, os adeptos do Sporting situados no sector em questão terem arremessado “vários objetos, nomeadamente isqueiros na direção dos jogadores da FC Porto, SAD, que festejavam o primeiro golo da sua equipa.” "Um dos isqueiros arremessados atingiu o jogador da FC Porto, SAD, Zaidu (camisola n.º 12), tendo sido necessário prestar-lhe assistência médica, o que determinou que o árbitro da partida retardasse o recomeço de jogo em cerca de 2 minutos.

Por seu turno, na defesa apresentada, o Sporting justifica que "a decisão recorrida assenta em pressupostos profundamente errados", está "enferma de graves e evidentes vícios que se materializaram numa inadmissível e deliberada violação dos direitos de defesa da demandante" e que é, ainda, "resultado de um chorrilho de flagrantes ilegalidades assinadas pelo Conselho de Disciplina. Estamos, enfim, perante um procedimento disciplinar e uma decisão que se situam nos antípodas de um processo justo e equitativo".

Mais concretamente, os leões defendem que "(i) foi violado o direito da demandante a um processo justo e equitativo, (ii) foram violadas as garantias de isenção e imparcialidade administrativas, (iii) foi violado o princípio ne bis in idem, (iv) a decisão recorrida incorre em erro na valoração da prova e viola o princípio da presunção de inocência, (v) não se encontram preenchidos, por vários e evidentes fundamentos, os elementos típicos das infrações disciplinares imputadas à demandante, (vi) inexiste qualquer incumprimento, por parte da demandante, dos deveres de formação e vigilância sobre os seus adeptos e simpatizantes e (vii) o evento típico (desvalor de resultado) é insuscetível de ser imputável à demandante".

"Estamos perante um processo em que (i) foram injustificadamente indeferidas diligências de prova requeridas pela demandante; (ii) elementos de prova não foram disponibilizados à demandante no momento processualmente relevante; (iii) foi produzida prova contra a demandante à margem dos limites permitidos no RDLPFP; (iv) um advogado do departamento jurídico da participante exerceu funções de intérprete na inquirição de uma das testemunhas; (v) a decisão recorrida é pejada de distorções factuais plenamente contrariadas pelos elementos dos autos; e (vi) o procedimento disciplinar e a decisão recorrida foram, respetivamente, conduzido e proferida por quem já havia formado a sua convicção acerca do thema decidendum e da culpa da demandante", lê-se, na defesa apresentada.

No que respeita ao lance que envolve Zaidu, o Sporting alega que "nenhum dos elementos de prova indicados é capaz de indiciar ou sustentar o resultado típico em causa nos autos, não sendo possível afirmar, com um mínimo de certeza, que o objeto foi arremessado pelos adeptos da Sporting SAD presentes no sector A17; que o objeto que terá atingido o jogador Zaidu foi um isqueiro; que o jogador Zaidu sentiu dores; e que o jogador Zaidu necessitou efetivamente de assistência médica".

A defesa do Sporting está composta por 77 pontos, sendo que a FPF contrapôs e defendeu a posição inicialmente apresentada noutros três: "1. A Federação Portuguesa de Futebol manifesta, desde já, a sua posição no sentido de não se opor ao decretamento da providência cautelar requerida no que diz respeito à sanção de interdição de setor de recinto desportivo; 2. Porém, a Federação Portuguesa de Futebol deixa também claro que tal posição processual assumida no âmbito do processo cautelar não implica qualquer confissão dos factos alegados pela Demandante, quer no processo cautelar, designadamente no que diz respeito ao cumprimento do critério da aparência de bom direito, quer na ação principal; 3. Discussão que remeteremos, única e exclusivamente, para a contestação a apresentar em sede de ação arbitral principal".

Por fim, e resumidamente, o TAD entendeu "julgar procedente o pedido cautelar formulado pela Requerente, decretando-se, em consequência, por ser adequada e proporcional, a providência de suspensão da sanção disciplinar aplicada, por deliberação da Seção Profissional do Conselho de Disciplina da Entidade Requerida" e determinou que as custas "deverão ser suportadas pela Requerida, remetendo para a decisão arbitral a proferir na ação principal a fixação das custas finais de todo o presente processo, tendo em consideração que foi atribuído o valor de € 30.000,01 à presente causa e que as custas do processo englobam a taxa de arbitragem e os encargos do processo arbitral".

O Sporting já sabe quem pretende contratar caso Maxi Araújo deixe Alvalade: Leonardo Lelo. O jogador do Braga é um desejo antigo da estrutura verde e branca, ainda desde que atuava no Casa Pia, e este namoro pode conhecer novidades na próxima janela de transferências, conta-lhe o nosso Jornal neste Exclusivo Leonino.

Nos últimos meses o internacional uruguaio dos leões tem sido recorrentemente associado a uma possível saída para Itália. Atalanta e Nápoles são os dois clubes que já demonstraram interesse no 'camisola 20' de Rui Borges, sendo que o segundo pondera mesmo avançar com uma proposta em janeiro.

Ainda sem nada confirmado, o Sporting pretende estar preparado para o caso de surgir uma proposta que bata os 30 milhões de euros por Maxi Araújo - valor considerado aceitável pela SAD - ainda que Rui Borges não tenha intenção de perder um dos jogadores que é visto como uma das peças fundamentais do plantel.

Ainda que, mesmo sem o sul-americano, o plantel do Sporting fique a contar com Ricardo Mangas, Nuno Santos (quando regressar de lesão) e Matheus Reis - sendo que o brasileiro deverá também deixar os leões no final da temporada -, a Direção leonina pretende ter um plano de ação e Lelo faz parte dele.

O lateral tem vindo a dar cartas pelo Braga e até já chegou ao maior número de assistências da carreira numa época: sete. Leonardo Lelo - avaliado em 6 milhões de euros - tem sido um dos maiores destaques dos minhotos e, esta temporada, em 21 partidas disputadas (1.509), leva ainda um golo marcado.

Pedro Gonçalves voltou a pisar o relvado, esta quinta-feira, dia 27 de novembro. O jogador do Sporting aproveitou a sessão de treino dos verdes e brancos, orientada pelo treinador Rui Borges para realizar uma corrida na Academia Cristiano Ronaldo.

O médio do Sporting está lesionado desde a viagem do Sporting aos Açores, que resultou em triunfo por 2-1 frente ao Santa Clara. Como tal, não esteve às ordens de Rui Borges, tendo realizado trabalho de ginásio, complementado por essa corrida nos relvados da Academia Cristiano Ronaldo.

Pedro Gonçalves dá, assim, um forte sinal aos adeptos do Sporting de que o regresso à competição está próximo. O jogador já deve estar disponível para o dérbi com o Benfica, que se disputa em breve, mas existe até a possibilidade de já somar alguns minutos na próxima partida, com o Estrela da Amadora.

Depois da sessão de treino desta quinta-feira, o Sporting volta aos trabalhos na manhã da próxima sexta-feira, 28 de novembro. Rui Borges vai orientar mais uma sessão à porta fechada, e existe a expetativa de que Pedro Gonçalves já se poderá juntar aos restantes colegas. No entanto, vai ser preciso esperar para confirmar essa situação.

Esta temporada, com a camisola do Sporting, Pedro Gonçalves - avaliado em 30 milhões de euros - soma já 17 jogos: 11 para a Liga Portugal, quatro para a Liga dos Campeões, um para a Taça de Portugal e outro para a Supertaça. Durante os 1.394 minutos em que foi utilizado, o ‘camisola 8’ dos leões já apontou nove golos e seis assistências.