No ‘Caso Prisma’, foi descoberta uma conversa entre três antigos responsáveis da Juventus – Paolo Morganti, Federico Cherubini e Cesare Gabasio -, em que abordam o esquema de manter Cristiano Ronaldo, em 2018, no clube de Turim, ocultando o verdadeiro valor da operação e cometendo alegadamente fraude e tentativa de fuga ao fisco italiano.
Na conversa é possível ler mensagens que remetem à assinatura do português. “O primeiro ponto é assinar Cristiano”, escreveu Cesare Gabasio. Três dias depois, Paolo Morganti, na altura secretário desportivo, envia uma mensagem a Federico Cherubini onde diz “Cristiano assinou”. A conversa ficou concluída com um “bene [boa]”. Estas mensagens estão a ser consideradas como provas no Tribinal de Turim.
Um exemplar dessa “Carta Ronaldo” teria sido apreendido no escritório da sociedade de advogados Restanos, Turim, mas esta não estava assinada. Isto faz toda a diferença.
Os representantes do ‘número 7’ negaram sempre que Cristiano tivesse assinado qualquer documento com a intenção de burlar o fisco.
Segundo o jornal ‘La Gazzeta dello Sport’, os advogados de Cristiano têm “uma cópia desse ‘acordo’”, mas não com a intenção de fazer um desvio contabilístico, mas seria “uma cópia de um acordo respeitante à renúncia a quatro meses de ordenado, sob a promessa de recuperar nas épocas seguintes”.
Contudo, segundo a mesma fonte, o capitão da Seleção “ainda não recebeu tudo o que tinha direito” – uma verba aproximada dos 20 milhões de euros – por isso “deu indicações aos seus advogados para andarem com o processo” para a frente.
A Juventus, que já foi punida na Série A, continua em tribunal. A audiência, na segunda-feira, dia 27 de março, promete mais revelações.
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