Amorim vence equipa que jogou Champions esta época por 2-0; Ex Sporting fica em 15.º pelo Man United

Félix Correia foi a grande figura da temporada do Gil Vicente. O extremo que está na lista de reforços do Sporting, para o mercado de verão, realizou a melhor época da carreira. Com nove golos apontados na Liga Portugal Betclic, o jogador de 24 anos destacou-se por ter marcado aos três grandes do futebol português.

O atleta formado na Academia de Alcochete foi mesmo o melhor marcador do Gil Vicente no campeonato – somou ainda mais um golo na Taça de Portugal -, tendo alcançado o dobro dos remates certeiros da temporada passada. Félix Correia foi também o elemento mais utilizado do plantel, com 37 jogos realizados, num total de 3188 minutos de competição em todas as provas.

O internacional sub-19 português conseguiu marcar a Sporting, Benfica e Porto. Na 32ª jornada do campeonato, Félix Correia marcou o golo do Gil Vicente em Alvalade, num jogo que terminou com a vitória dos leões por 2-1. Antes, o extremo já tinha assinado um remate certeiro no duelo frente ao Benfica, no Estádio da Luz, em setembro, e na receção ao Porto, em janeiro.

De resto, os 10 golos marcados por Félix Correia representam o dobro dos remates certeiros de Pablo Felipe e Kanya Fujimoto (5), as outras principais figuras do ataque do Gil Vicente. O extremo destacou-se também no capítulo das assistências, com quatro passes para golo.

Vale lembrar que o Gil Vicente terminou o campeonato no 13º lugar da tabela classificativa, com 34 pontos. A equipa gilista garantiu a manutenção no principal escalão do futebol português, terminando com sete pontos de vantagem para o lugar de play-off. A formação de Barcelos gilista somou oito vitórias, 10 empates e 16 derrotas, tendo marcado 34 golos e sofrido 47.

A subida da equipa B do Sporting à Segunda Liga vai permitir que vários jogadores da equipa A desçam à turma secundária do Clube de Alvalade mais frequentemente na próxima temporada desportiva de 2025/26, sabe o Leonino, uma vez que se trata de uma competição profissional, ao contrário da Liga 3.

A equipa B do Sporting conseguiu a subida à Liga 2, o segundo escalão do futebol nacional, após uma travessia de sete anos na Liga 3. Os jovens verdes e brancos consumaram uma ascensão muito ambicionada no Clube de Alvalade, que traz um maior nível competitivo.

O facto de uma prova profissional é a grande diferença em relação à Liga 3 e um fator que pode ter várias consequências no plantel da equipa principal. Ao contrário do que acontecia quando a equipa B estava na terceira divisão, vários jogadores do Clube podem agora ser forçados a dar um passo atrás e representar a formação secundária dos leões.

Muitos jogadores têm cláusulas nos seus contratos que os obrigam a jogar em ligas profissionais, caso isso seja requerido, o que significa que, na próxima temporada, existe a possibilidade de vermos alguns jogadores do Sporting dar um passo atrás e representarem a equipa B.

Esta medida não é inédita. Tanto no Sporting, como noutros emblemas, já aconteceu com jogadores afastados do grupo, ou a voltarem de lesão, serem relegados à equipa B de forma a ganhar ritmo competitivo - Marcelo Boeck, Miguel Lopes, Shikabala, Jefferson, Fito Rinaudo ou Islam Slimani que, com uma idade já avançada, foram 'dar uma perninha' à turma secundária na altura em que a equipa estava na Segunda Liga. Esse cenário volta, agora, a ser uma realidade possível no Clube de Alvalade

A nova edição do Mundial de Clubes disputa-se nos próximos meses de junho e julho, nos Estados Unidos da América. Benfica e Porto vão participar na competição e, por isso, Luís Pedro Sousa, chefe de redação do jornal Record, considera que o Sporting terá vantagem na preparação para a próxima época, dado o maior tempo de descanso em relação aos rivais.

Luís Pedro Sousa: "Participar no Mundial de Clubes é melhor do que ficar fora dele"

“Participar no Mundial de Clubes é melhor do que ficar fora dele. Jacques de La Palice não diria melhor. Além das avultadas verbas envolvidas, e dos investimentos que vão garantir, o fator prestígio é de extrema importância. Não são muitos os que podem orgulhar-se de terem lugar numa prova de dimensão planetária”, começa por afirmar Luís Pedro Sousa, num artigo de opinião publicado no jornal Record.

O jornalista destaca ainda a estreia do novo formato da competição da FIFA: “Tal como acontecera, por exemplo, com o último Mundial de seleções, disputado no inverno, e na nova Liga dos Campeões, com uma configuração diferente desde a época prestes a terminar, a inexistência de um histórico mantém-nos na incerteza”.

Luís Pedro Sousa: "O tema da erosão das equipas volta a estar em cima da mesa"

Luís Pedro Sousa desenvolve a ideia, falando numa nova experiência para todos os intervenientes: “Na primeira prova colocava-se a questão da gestão física dos jogadores tendo em conta o resto da temporada, na segunda, os pontos necessários para o apuramento e, agora, o tema da erosão das equipas volta a estar em cima da mesa, precisamente porque volta a tratar-se de uma primeira experiência para treinadores, atletas e até adeptos”.

A terminar, o jornalista destaca a vantagem que os leões - que apenas aceitam a venda de Hjulmand por 80 milhões de euros - podem retirar de não participarem na competição: “Do ponto de vista teórico, de qualquer forma, o Sporting parece entrar em clara vantagem em 2025/26. O plantel leonino vai descansar normalmente. Já Benfica e Porto não terão tal regalia”.