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Futebol
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Marcos Acuña, antigo jogador do Sporting, pode rumar ao Aston Villa nesta janela de mercado. O jornal Mirror dá conta do interesse de Unai Emery no ala argentino, que está atualmente com a seleção argentina na Copa América. O jornal britânico explica que o jogador tem sido observado pelo clube que disputa a Premier League e que o Sevilla, por outro lado, também tem interesse em vender o atleta, embora sem urgência.
"Não temos pressa. Se a oferta justa chegar para as três partes, nós iremos avaliá-la. Ainda não recebemos uma proposta, mas estamos em junho. Quando há um Europeu, parece que os clubes se mexem mais devagar", explicou Victor Orta, diretor desportivo do Sevilla, citado pela mesma publicação.
Marcos Acuña, atual jogador do Sevilha, tem contrato com os andaluzes até junho de 2025 e teve maiores dificuldades em ganhar o lugar na ala esquerda nesta temporada, tendo cumprido os 90 minutos em apenas oito partidas. No total, o ex-Sporting somou quatro assistências e um golo em 26 jogos. Em 2022/23, o atleta havia disputado 45 partidas, marcou três golos e fez quatro assistências. De recordar que o internacional argentino de 32 anos - campeão mundial no Qatar - esteve perto de abandonar o emblema andaluz no último mercado e verão rumo aos turcos do Galatasaray.
Esta época, o encontro entre Getafe e Sevilha, que terminou com vitória para a turma de Quique Flores (1-0), ficou marcado por insultos racistas a Marcos Acuña. A partida da 30.ª jornada da La Liga chegou mesmo a estar interrompida, depois de o ex-leão ter sido chamado de "macaco" (Recorde AQUI).
O ala – avaliado em 4 milhões de euros – representou o Sporting de 2017 até 2020, tendo participado em 135 jogos, e feito, no total, nove golos e 25 assistências. Pelo Clube de Alvalade, antes de rumar ao Sevilha, a troco de 11 milhões de euros, o defesa venceu duas Taças da Liga e uma Taça de Portugal.
Antigo médio dos leões admitiu que não apreciou a forma como Clube de Alvalade conduziu processo de saída do seu ex colega de equipa
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Miguel Veloso criticou a forma como a Direção do Sporting tratou João Pereira. O atual treinador-adjunto do recém-promovido à Serie A, Pisa, admitiu que não apreciou a forma como o Clube de Alvalade colocou as culpas no seu compatriota e antigo colega de equipa
"Não gostei muito de como as coisas foram conduzidas"
“Conhecendo o João Pereira, obviamente, era uma oportunidade que não poderia rejeitar, mas não gostei muito de como as coisas foram conduzidas, sinceramente, das culpas que foram dadas somente a ele, porque penso que, após a saída do Ruben Amorim, qualquer treinador que chegasse ao Sporting iria ter as mesmas dificuldades”, disse Miguel Veloso, numa entrevista à Antena 1.
O antigo médio internacional português destacou também a estabilidade que Rui Borges conferiu à equipa verde e branca: “Com a chegada de Rui Borges, ainda bem que as coisas se acalmaram um pouco, e, depois, conseguimos chegar ao objetivo principal, que era, obviamente, ser campeões. O Sporting está, mais uma vez, de parabéns, porque é campeão nacional”.
Vale lembrar que João Pereira foi o escolhido de Frederico Varandas para substituir Ruben Amorim no comando técnico do Sporting, em novembro de 2024. O jovem técnico orientou a equipa leonina em oito jogos, com o saldo de três vitórias, um empate e quatro derrotas. No final de dezembro, o antigo lateral-direito cedeu o lugar a Rui Borges e, entretanto, rumou aos turcos do Alanyaspor.
A equipa leonina está focada na final da Taça de Portugal, frente ao Benfica. O jogo decisivo da prova rainha – no qual o central St. Juste deve ser titular - está marcado para as 17h15 do próximo domingo, dia 25 de maio, no Jamor. No dérbi, o Sporting vai procurar carimbar a conquista da dobradinha, que escapa aos verdes e brancos desde a temporada 2001/02.
Internacional português foi determinante no último jogo dos leões ao ter feito primeiro dos dois golos da vitória frente ao Vitória de Guimarães
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Pedro Gonçalves foi determinante no último jogo do Sporting ao ter feito primeiro dos dois golos da vitória frente ao Vitória de Guimarães. O jornalista Rui Dias deixa rasgados elogios às características do internacional português e compara-o a Andrés Iniesta, lenda da seleção espanhola.
“Parece discreto, inofensivo, frágil e preguiçoso mas, num dia normal, transforma-se em figura esmagadora, enquadrada por deslumbramento, agressividade, robustez e tremenda eficácia. Pote é um jogador superior, com a velocidade adequada às zonas que pisa e às necessidades de cada instante; a técnica maravilhosa para executar tudo aquilo que se propõe fazer; a visão de quem entende o futebol em toda a sua dimensão coletiva”, começa escrever num artigo de opinião publicado em no jornal Record.
"Com três títulos no bolso, em cinco épocas douradas de leão ao peito – às quais devemos acrescentar um ano incrível em Famalicão, onde foi uma espécie de Iniesta dos pobres"
O jornalista enaltece mesmo Pedro Gonçalves - que falou sobre a grave lesão que sofreu em novembro passado - como “ídolo absoluto” do Clube de Alvalade: “Com três títulos no bolso, em cinco épocas douradas de leão ao peito – às quais devemos acrescentar um ano incrível em Famalicão, onde foi uma espécie de Iniesta dos pobres – consolidou a dimensão de figura central da melhor equipa portuguesa. Entrou sem bater à porta e adquiriu o estatuto de ídolo absoluto do Sporting e vulto maior do futebol português”.
Rui Dias sublinha também a importância do golo que o “camisola 8” marcou no recente jogo contra o Vitória de Guimarães: “Pote ainda foi a tempo de deixar a impressão digital no grande feito que foi a conquista do bicampeonato, mais de sete décadas depois. No capítulo final da Liga, com o V. Guimarães, num estádio a rebentar pelas costuras, foi ele quem o fez explodir, lançando a glória com um golo que o identifica: remate pronto, inesperado, sem esforço, com fabulosa precisão”.
A terminar, Rui Dias afirma que Pedro Gonçalves pode tornar-se na grande figura da equipa verde e branca, na luta pelo tricampeonato: “Pote tem agora vários desafios para vencer e obstáculos para superar: com a mais do que provável saída de Gyokeres, será dele o rosto verde e branco rumo ao ‘tri’; deve esperar ventos favoráveis para a consolidação de um lugar na Seleção Nacional e, por fim, forçar o mercado a reparar nele como merece, isto é, um dos melhores atacantes da Europa”.
Depois de anos de instabilidade, o Clube de Alvalade volta a provar que tem uma fórmula vencedora, e o segredo pode estar mesmo no topo da estrutura
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O Sporting sagrou-se bicampeão nacional no último sábado, um feito que escapava aos leões há 71 anos. Com a vitória por 2-0 frente ao Vitória de Guimarães, em Alvalade, a equipa conquistou o título que já sonhava desde o arranque da época. O Benfica, que ainda sonhava com o título, não só falhou em vencer como teve uma exibição apática diante do Braga (1-1)
A liderança de Morten Hjulmand dentro de campo refletiu uma estrutura coesa, capaz de superar até a saída de Ruben Amorim. João Pereira assumiu interinamente sem sucesso, mas Rui Borges entrou para consolidar o rumo, provando que a estabilidade estrutural era mais forte que a turbulência no banco. A coesão do grupo, celebrada na Praça Marquês de Pombal com milhares de adeptos é fruto de uma base bem construída, e nesse aspeto, Frederico Varandas merece destaque.
O atual presidente do Sporting pode estar prestes a tornar-se o mais titulado da história do Clube. Ganhou com três treinadores numa só temporada e viu também a equipa B regressar à Liga 2 num cenário igualmente instável. Mais do que sorte ou acaso, este sucesso revela um plano com bases sólidas, sustentado por uma política desportiva que evitou vendas precipitadas e manteve pilares fundamentais no plantel. Nomes como Gonçalo Inácio, Nuno Santos, Daniel Bragança e Pedro Gonçalves formam o núcleo duro que atravessou épocas e treinadores.
Ao longo da Liga, o Sporting utilizou 34 jogadores, cada um com uma média de 73 jogos pelo Clube. Já o Benfica recorreu a 35 jogadores, mas com uma média de apenas 61 jogos. Estes números mostram que o Sporting contou com um grupo mais experiente e habituado a jogar junto, o que ajuda a explicar a solidez da equipa ao longo da época.
Na noite da consagração, Pedro Gonçalves deixou um aviso, atirando o microfone ao chão, sobre um possível adeus de Gyokeres. Mas mesmo que o craque sueco saia, a fundação está lançada. E no centro dela, está um presidente que, afinal, parece estar a fazer muita coisa bem.